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Exercício na 3ª idade pede acompanhamento

Ivan Maldonado

| Edição de 17 de agosto de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Exercitar-se sozinho, sem a orientação de um profissional competente, pode provocar sérias lesões, principalmente para pessoas da terceira idade. Para prevenir esse problema e garantir prática esportiva adequada, dede o ano passado, uma equipe de professores e acadêmicos do curso de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá (UEM) acompanham e avaliam o projeto “Caminhar com Saúde” da prefeitura de Ivaiporã.
O programa da Secretaria Municipal de Saúde funciona há 14 anos com aulas às segundas, quartas e sextas-feiras, das 8 às 9h30 horas no Lago Ambiental Jardim Botânico. 

Imagem ilustrativa da imagem Exercício na 3ª idade pede acompanhamento


Conforme o professor de Educação Física da UEM, Wendell Arthur Lopes, o acompanhamento profissional é importante para a postura e a forma correta de praticar as atividades físicas. “É um acompanhamento para aperfeiçoar as atividades visando o que eles têm de perdas. O idoso procura muito caminhada, só que normalmente ele já caminha bastante durante o dia. Então a gente orienta também que ele faça musculação e exercícios que envolvam outras aptidões físicas que eles perdem com a idade, como o equilíbrio”.
O aposentado Ramiro Bueno Rodrigues, 82 anos, é um dos participantes do projeto, e costuma impressionar os mais jovens pela disposição com que realiza as atividades físicas. 
O tempo dele nas corridas de cinco quilômetros é entre 29 a 34 minutos. “Na verdade eu comecei só nas caminhadas há 10 anos. Daí no ano passado os professores me acharam e me orientaram nos exercícios nos aparelhos e a fazer corridas também. De lá para cá, se eu já estava bem, melhorou mais ainda. Não é bater papo não, mas hoje me sinto jovem”. 
Maria de Lourdes Oliveira Martins, 80 anos, está no projeto há um ano. Ela relata os ganhos com a prática de exercícios físicos periodicamente. “Melhora muito, porque quando não fazia exercícios tinha muito dor de coluna, nas pernas, porque não andava ficava sempre só cuidando dos serviços dentro de casa. Eu melhorei bastante depois que comecei a participar”. 

AVALIAÇÃO 
Além das orientações de atividades físicas, os cerca de 100 participantes do projeto também passam por avaliações físicas e antropométricas, que demonstram. “O que mais chamou a atenção nesse período que estamos acompanhando é que boa parte dos participantes estão em excesso de peso e são hipertensos”, relata Lopes. 
Segundo Lopes, para amenizar esse problema, a Secretaria de Saúde vai disponibilizar profissionais de apoio. Está sendo feita uma programação para incluir nutricionistas, médicos, psicólogos e assistentes sociais para fazer um acompanhamento periódico nos dias em que são realizadas as atividades físicas. 
“A perda de peso é algo mais complexo e envolve não só a atividade física, mas também orientações nutricionais e mudanças de hábitos. A ideia é incluir alguns profissionais ainda este semestre”, comenta.