OPINIÃO

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​Falta cumprimento da lei de logística reversa

Da Redação

| Edição de 11 de janeiro de 2018 | Atualizado em 11 de janeiro de 2018

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As cerca de 400 mil lâmpadas fluorescentes depositadas irregularmente há quase oito anos no barracão da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Apucarana (Cocap) serão, finalmente, encaminhadas para destinação correta. Por decisão judicial, a Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) e a Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi) foram acionadas para retirar o material. As duas entidades são responsáveis por esse serviço, conforme a lei de logística reversa, em vigor desde 2010, mas vinha protelando com recursos na Justiça cumprir a legislação. 

Nesta semana, peritos iniciaram análise do material estocado no local. As lâmpadas serão agora contadas e separadas por marca antes da retirada. A medida, segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Apucarana, que acompanha esse processo, é necessária porque as lâmpadas de fabricação nacional são de responsabilidade da Abilux e as importadas da Abilumi.
A retirada desse material é fundamental, pois esses produtos contêm uma série de poluentes que colocam em risco a saúde dos trabalhadores. A decisão judicial foi tomada após ação civil pública proposta pela Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, Prefeitura e Cocap. 
A situação dessas lâmpadas, por outro lado, chama atenção para a falta de conscientização da população em relação à destinação correta desse material e também da própria falta de estrutura para cumprir a lei da logística reversa. 
Em 2010, a Cocap mantinha 130 mil lâmpadas. Esse número pulou para cerca de 400 mil porque a própria população vem incluindo esse material no meio do lixo reciclável, talvez por falta de conhecimento sobre o assunto e também por conta da falta de disponibilidade de locais quer recebam esse tipo de lixo. Muitas pessoas chegam a levar caixas com lâmpadas e abandonam no início da manhã em frente ao barracão da entidade, o que é lamentável. 
É preciso maior conscientização da população em relação a isso. Essas lâmpadas não podem ser levadas para a Cocap ou colocadas junto ao lixo reciclável. 
Por outro lado, as empresas que vendem ou importam esses produtos precisam instalar mais ecopontos  para que as pessoas tenham opções para descartar corretamente esses produtos. Na verdade, há falhas nesse sentido que precisam ser resolvidas.