OPINIÃO

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Falta de sossego também nas propriedades rurais

Da Redação

| Edição de 15 de fevereiro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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É alarmante o quadro de insegurança vivido por agricultores de toda a região. Nos últimos meses, houve um aumento considerável de assaltos à mão armada no campo, preocupando produtores rurais. As autoridades precisam dar uma resposta imediata. É preciso devolver rapidamente a paz nas propriedades rurais. 

Na terça-feira à tarde, a situação foi tema de reunião na Câmara de Vereadores. Com a presença de agricultores, o encontro contou com a participação do tenente-coronel José Francisco Cardoso e do delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial, José Aparecido Jacovós, além de investigadores e outros policiais. Os produtores rurais afirmam que são “reféns dos bandidos”. 

A violência empregada nos roubos é preocupante. Aproveitando o isolamento de muitas propriedades e a distância da área urbana, os criminosos chegam fortemente armados e agem com truculência. A maioria das ocorrências é registrada durante a madrugada, com os moradores dormindo, aumentando a sensação de pânico. 

É evidente que esse tipo de crime é de difícil prevenção. No entanto, a polícia precisa, na medida do possível, ampliar a presença na zona rural de Apucarana e também de outros municípios. Atualmente, o 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) tem apenas três patrulhas rurais, que são insuficientes para cobrir toda a extensão de propriedades agrícolas da região. Ou seja, mais uma vez a insegurança é ampliada pela falta de efetivo. Por outro lado, é importante também que os agricultores se organizem e encontrem maneiras de se proteger. 

Garantir a segurança e prever esse tipo de ocorrência é praticamente impossível na zona rural. Assim, é preciso encontrar mecanismos de alarme e também para ampliar a sensação de segurança. Não há outro caminho a não ser unir esforços entre os próprios agricultores para dificultar a ação dos criminosos, que estão migrando para o campo justamente pela facilidade que encontram na hora de agir. 

As autoridades têm a obrigação de desarticular essas quadrilhas que estão agindo na zona rural. Tudo indica que são os mesmos criminosos praticando crimes desse tipo em série. É preciso tirá-los de circulação, garantindo provas e elementos que garantam suas condenações pelo Judiciário. 

Infelizmente, a zona rural deixou de ser refúgio. Hoje, são locais vulneráveis à ação dos criminosos. Por isso, é essencial ampliar os investimentos na segurança, com alarmes, câmeras ou cercas elétricas, dentro das possibilidades da área rural, assim como ocorre na cidade. É uma triste realidade que também passou a fazer parte da rotina do trabalhador do campo.