OPINIÃO

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​ “Família Acolhedora” é um avanço em Apucarana

Da Redação

| Edição de 10 de outubro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O projeto “Família Acolhedora” representará um passo importante para reduzir o impacto do afastamento do convívio familiar de crianças e adolescentes de risco em Apucarana. A iniciativa será lançada hoje pela Vara da Infância e Juventude, da Comarca, em parceria com a prefeitura. O objetivo do projeto é romper com o acolhimento institucional, feito atualmente por abrigos provisórios no município.

Em Apucarana, o Lar Sagrada Família é a instituição responsável por acolher atualmente os menores nessa situação. Atualmente, seis crianças estão abrigadas no Lar e três adolescentes na Casa Lar. O projeto apucaranense busca inspiração em Cascavel, na região Oeste do Paraná , onde o programa “Família Acolhedora” é referência para todo Brasil.
O projeto foi instituído em lei pela Prefeitura de Apucarana. A intenção é colocá-lo em prática a partir de janeiro de 2018. As famílias participantes receberão o pagamento mensal de um salário mínimo regional como forma de incentivo por criança ou menor atendido, mas não poderão adotar as crianças.
O programa “Família Acolhedora” merece elogios. Hoje, o acolhimento das crianças e adolescentes afastados temporariamente de suas famílias por vários motivos se dá apenas em abrigos. Apesar do trabalho fantástico dessas entidades, a idéia desse projeto é garantir um atendimento mais humano, num ambiente familiar.
É um processo, no entanto, completamente diferente da adoção, pois as crianças e adolescentes ficarão provisoriamente nesses lares. As famílias participantes, inclusive, participarão desse trabalho cientes dessa condição.
Enquanto a criança ou adolescente estiver afastado, a equipe do Serviço Auxiliar da Infância e Juventude (SAI) irá trabalhar para que a família seja reestruturada e possa recebê-los novamente. 
A intenção do projeto, na verdade, é garantir um ambiente confortável, sem o impacto da separação de um convívio familiar e o acolhimento numa entidade assistencial, até que seja possível o retorno para casa.
A “Família Acolhedora” é uma proposta interessante. O sofrimento dessas crianças e adolescentes em situação de risco é imenso. A separação é dramática, em muitos casos, mas necessária por conta da desestruturação familiar. Esse trabalho representa, sem dúvida, um avanço no acolhimento desses menores, que terão seus direitos respeitados e a garantia de amparo do Estado