O sociólogo apucaranense Marcos Dorigão avalia o uso da internet como instrumento de campanha e de informação sobre as eleições. Ele cita como ponto de partida do uso prático e com resultado do emprego das redes sociais, a eleição do presidente dos Estados Unidos Barack Obama no ano de 2008.
“É bom lembrar que Barack Obama – em sua primeira disputa já conseguiu um grande financiamento utilizando as redes sociais em 2008. Então as redes sociais já têm uma influência tanto no processo eleitoral, quanto na formação da opinião pública desde lá”, pontua.
Para o professor, o que mudou de lá para cá são algumas regras para o compartilhamento de notícias, como por exemplo no WhatsApp, onde não se consegue mais compartilhar em grande quantidade, evitando a propagação em grande escala de fake news. No entanto ele lamenta que ainda nas redes sociais há usuários divulgando mentiras. “Isso é um fator que nós temos que considerar que vai ter algum impacto”, alerta.
O fator ‘pandemia’, também é ponto preponderante nessas eleições municipais que obrigou que os candidatos utilizassem intensamente as redes para campanha. “Junto disso, tem as duas mudanças, o fim do financiamento empresarial e o fim das coligações de partido”, pondera.
O especialista considera que com isso não dá para fechar um panorama de expectativas. “Podemos ter surpresas principalmente para a eleição de vereadores. Já para prefeito, é uma campanha mais direta e mais focada na pessoa, então é possível que as coisas se mantenham no mesmo padrão”, finaliza.