OPINIÃO

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Fim de ano

Por Dom Celso A. Marchiori, bispo diocesano de Apucarana

| Edição de 02 de dezembro de 2016 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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Com o Ano da Misericórdia, certamente todos tivemos a oportunidade de redescobrir as obras de misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E as obras de misericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos. O Papa Francisco também incluiu o cuidado da casa comum, como uma nova obra de misericórdia: "Como obra de misericórdia espiritual, o cuidado da casa comum requer 'a grata contemplação do mundo', que 'nos permite descobrir qualquer ensinamento que Deus quer nos transmitir por meio de cada coisa'. Como obra de misericórdia corporal, o cuidado da casa comum requer aqueles 'simples gestos quotidianos, pelos quais quebramos a lógica da violência, da exploração, do egoísmo' e se manifesta o amor 'em todas as ações que procuram construir um mundo melhor'”.
Que todos tenhamos aprendido, com o Jubileu da Misericórdia, o valor sagrado e supremo do Sacramento da Reconciliação e de como é importantíssimo termos em nossas igrejas o confessionário para atendermos a todos que procuram esse sacramento. Sim, no Sacramento da Confissão nos encontramos diante do Trono da Misericórdia de Deus.
Agora, a partir de 12 de outubro, estamos sendo motivados a viver o Ano Nacional Mariano, em comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul. Esse ano, que será concluído aos 11 de outubro de 2017, nos ajudará a celebrar, fazer memória e agradecer. Que também faça crescer ainda mais em nós o fervor desta devoção mariana e a alegria em fazer tudo o que Jesus disser (cf. Jo 2,5).
Guiados pela força do Espírito Santo, iluminados pelo Evangelho, pelas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, pelas sábias exortações do Papa Francisco, que nos incentiva a vivermos a alegria do evangelho, a cuidarmos da nossa casa comum e a zelarmos pelo bem da família, como também pelos eixos fundamentais do nosso Plano de Ação Evangelizadora, Missão e Família, Missão e Juventude, Missão e Comunidades e Ministérios e alimentados pela Eucaristia, queremos que a nossa Diocese tenha condições necessárias para ser uma “Igreja em saída missionária”. Uma Igreja profundamente comprometida com o Evangelho e com todos os valores que afirmam a vida, a verdade, a honestidade, a alegria e a liberdade. Uma Igreja capaz de partilhar os dons e envolver os seus membros nos seus diversos espaços eclesiais tais como, Grupos de Vivência, Diaconias, Comunidades e Paróquias. Que em todos esses ambientes se possa experimentar o que diz a Encíclica Evangelii Gaudium n.114, “A Igreja deve ser o lugar da misericórdia gratuita, onde todos podem se sentir acolhidos, amados, perdoados e animados a viverem segundo a vida boa do Evangelho”.
Então, encerramos o Ano da Misericórdia, iniciamos o Ano Mariano e o novo ano litúrgico com o tempo do Advento que nos prepara para celebrarmos santamente o Natal do Senhor. Mais oportunidades favoráveis para fazermos profundas experiências de encontro com Deus, bem como, ocasiões especiais de alegria, de gratidão, de zelo apostólico e de disponibilidade para continuarmos servindo a Igreja Diocesana em suas diversas necessidades, e assim permanecermos em estado permanente de missão.
“Ao celebrarmos com alegria o Natal do nosso Salvador, Deus nos conceda alcançar, por uma vida santa, o seu eterno convívio”. E que todos celebrem um santo e feliz Natal!
Acompanhados e protegidos por sua maternal intercessão, que a Virgem de Nazaré nos auxilie a progredir sempre mais como discípulas e discípulos, missionários de Cristo!