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Frota de veículos envelhece na região

Renan Vallim

| Edição de 13 de setembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O número de veículos com mais de 10 anos de uso aumentou 22,5% em Apucarana e Arapongas nos últimos três anos. De cada 10 carros, motos, ônibus e caminhões circulando nestas duas cidades, seis possuem mais de uma década. Já o número dos veículos mais novos, com até cinco anos de compra, caiu 24,1% no mesmo período. Os números são do Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran/PR).

Em 2014, antes da crise econômica que atingiu o país, a frota das duas cidades combinadas era de 143,5 mil veículos. Destes, 73,6 mil tinham mais de 10 anos. De lá para cá, a frota cresceu 8,9%, chegando a quase 156,3 mil veículos, mas a faixa de veículos com mais de 10 anos cresceu 22,5%, passando para 90,2 mil. A participação desses veículos na frota total também aumentou, passando de 51,3% para 57,7%.
Já entre os veículos mais novos, a situação se inverte. Os que têm menos de cinco anos de uso passaram de 36 mil para 27,3 mil, queda de 24,1%. A participação desses veículos na frota total caiu de 25,1% para 17,5%.
De acordo com os dados do Detran/PR, a maior parte dos veículos rodando hoje em Apucarana tem de 11 a 20 anos de uso. São 22,1 mil veículos nesta faixa, o que corresponde a 28,7% do total. Em seguida estão os carros entre seis e dez anos, que são 18,9 mil, ou 24,6%.
Em Arapongas, a faixa mais comum da frota também é de veículos com 11 a 20 anos. Eles correspondem a 30,7% do total, ou 24,3 mil. Em seguida estão os veículos que possuem entre seis e dez anos. São 19,8 mil exemplares, ou 25% do total.


CUIDADOS
Proprietários de veículos mais antigos precisam ficar atentos. É o que recomenda Luís Alexandro Bidoia, sócio-proprietário de uma oficina mecânica na cidade. “Carros mais antigos precisam passar sempre por revisões, já que a falta de manutenção pode ocasionar problemas graves, como panes e até mesmo acidentes”, ressalta.
Segundo ele, veículos antigos tendem a visitar as oficinas mais frequentemente. “Nem todos os proprietários têm possibilidades de fazer uma reforma completa no veículo, ainda mais com a situação econômica atual. Por isso, muitos acabam tendo que fazer apenas algumas partes. Recomendamos sempre manter pelo menos as peças prioritárias em perfeitas condições, como o sistema de freios, por exemplo”, destaca.
Ele afirma ainda que, apesar de um aumento no volume de veículos nas oficinas, os mecânicos não conseguem um grande retorno. “Os consertos são mais complicados do que em carros mais modernos, demoram mais e têm valor mais baixo da mão-de-obra”.