OPINIÃO

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Geração de emprego e renda é desafio na região

Da Redação

| Edição de 12 de agosto de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A reforma trabalhista ainda não surtiu os efeitos esperados na geração de novos postos de trabalho, pelo menos na região. O desemprego preocupa na maioria dos municípios, refletindo ainda a grave crise econômica que afetou o país, principalmente, entre 2014 e 2016. 

A enorme fila registrada em Arapongas na última sexta-feira retrata na prática esse grave problema. Cerca de 2 mil pessoas enfrentaram um frio de 6ºC para disputar 250 vagas de empregos ofertadas pelo Grupo Muffato, que está instalando na cidade uma unidade da linha Max Atacado. 
Os interessados fizeram longas filas e senhas precisaram ser distribuídas para que todos pudessem ser atendidos. Cerca de 600 pessoas foram entrevistadas ainda na sexta-feira no Ginásio de Esportes Luiz Augusto Zin e outras 1,4 mil devem ser atendidas amanhã e terça-feira. 
Estão sendo oferecidas vagas para operador de caixa, repositor, agente de prevenção, zelador, açougueiro, vendedor (televendas e bazar), ajudante de armazenamento, operador de empilhadeira, auxiliar de estacionamento e balconista. A maioria das funções não exige experiência.
A grande procura não chega a surpreender. Arapongas depende muito do polo moveleiro, que sofreu as consequências da crise econômica. De junho de 2013 a junho de 2018, Arapongas perdeu 3.399 vagas de emprego, sendo 2.738 apenas nas fábricas de móveis, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Muitas empresas fecharam as portas e outras entraram com pedidos de recuperação judicial. 
Neste ano, o quadro melhorou um pouco, mas a reação ainda é muito tímida. Arapongas tem saldo positivo, de janeiro a junho, de 239 vagas. É muito pouco diante da demanda reprimida dos últimos anos. 
Por outro lado, a instalação da unidade do Muffato é um alento. São 250 empregos diretos em apenas um empreendimento e ajudará a dar um novo ânimo à cidade. 
O problema do desemprego também afeta outros municípios. Apucarana chegou a liderar em anos anteriores a geração de vagas na região e se destacou em âmbito estadual, muito também pelas frentes de obras de duplicação na BR-376, mas, em 2018, a situação preocupa. No acumulado do ano, o saldo negativo é de 230 vagas. 
O quadro regional mostra a importância de algumas ações para fomentar a industrialização e ajudar a gerar emprego. A atração do Mufatto em Arapongas é uma dessas iniciativas importantes. Em Apucarana, o município aposta na instalação do novo Parque Industrial da Juruba. É preciso buscar alternativas para ampliar a geração de emprego e renda.