OPINIÃO

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Geração de empregos para jovens precisa avançar

Da Redação

| Edição de 10 de fevereiro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A falta de oportunidades de trabalho é a principal reclamação dos jovens. Por isso, chama atenção o número de vagas criadas para trabalhadores entre 14 e 24 anos no ano passado nas três principais cidades da região em 2017. Apucarana, Arapongas e Ivaiporã criaram, juntas, 1,7 mil vagas de empregos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. É um número considerável, que representa um aumento de quase 190% em comparação com o ano anterior. No entanto, ainda há muita demanda de emprego para esse público. 

Ivaiporã registrou o maior crescimento: 471%. O município criou 160 vagas para pessoas com até 24 anos em 2017, ficando na 53ª posição estadual. Foram apenas 28 empregos criados em 2016 nesta faixa de idade. Em Arapongas, o saldo de empregos entre jovens passou de 165 para 841, uma alta de 409%. O município ficou na 13ª posição do Paraná. Já em Apucarana, na mesma faixa etária, o número passou de 415 para 754, crescimento de 81,7%, rendendo a 16ª colocação estadual. 
Os resultados são positivos. No entanto, é fundamental aumentar esse contingente de jovens empregados. Infelizmente, faltam vagas de empregos para essa faixa etária. A principal queixa dos jovens é a exigência de experiência na maioria das vagas ofertadas. No entanto, como ganhar experiência, se a entrada no mercado de trabalho é barrada?
É um desafio imenso, mas que precisa ser enfrentado garantir aos jovens cursos de qualificação para ajudá-los nessa árdua missão de buscar um lugar ao sol. A maioria dos municípios vem implementando ações nesse sentido, como o Programa Pré-Aprendiz, que é destinado justamente para pessoas entre 14 e 24 anos. 
Por outro lado, a competitividade em busca de vagas no mercado do trabalho não é restrita aos mais novos. É bom os jovens irem se acostumando com a competitividade e as dificuldades do mercado de trabalho. A tendência, com a robotização e a automação, é essa disputa ficar ainda mais acirrada com a redução exponencial das vagas disponíveis. Por isso, é preciso buscar qualificação profissional desde cedo. 
Além disso, o mercado de trabalho é dinâmico e sensível às flutuações do mercado. A abertura de vagas depende diretamente de uma economia fortalecida. O Brasil reagiu nesse aspecto, com a queda de juros e o controle da inflação. No entanto, não é suficiente para a plena recuperação do país. Gerar empregos é fundamental para toda a engrenagem funcionar.