Preocupada com a segurança na cidade de São Paulo, a F-1 tomou medidas inéditas para o Grande Prêmio do Brasil deste ano. A organização da prova exigiu das autoridades maior vigilância, monitoramento 24 horas por câmeras em locais de maior perigo e aumento do policiamento a partir desta quarta-feira até domingo, quando acontece a prova no autódromo de Interlagos.
Um dirigente da categoria disse que, até o ano passado, a preocupação não era tão grande, mas incidentes de violência no último GP amedrontaram os funcionários das equipes.
A Williams, por exemplo, admite que as escuderias terão esquema de segurança maior do que no passado.
Nos dias anteriores à corrida de 2017, oito mecânicos e engenheiros da Mercedes foram rendidos por assaltantes. Tiveram mochilas, passaportes, relógios e celulares roubados na saída do autódromo.
Funcionários da Sauber e da Pirelli, fornecedora de pneus, sofreram tentativas de assaltos em áreas próximas ao circuito.
Dirigentes da F-1 se reuniram em setembro com representantes da Polícia Militar, da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), da Prefeitura e da organização da prova.
A categoria exigiu melhoria na segurança, algo que jamais havia sido feito desde que a prova voltou a ser disputada em Interlagos, em 1990.
Por solicitação dos dirigentes, a PM e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) identificaram pontos considerados críticos de segurança para o público e as equipes. Decidiram aumentar o monitoramento desses locais.