POLÍTICA

min de leitura - #

Haddad cresce 11% e se isola em 2º; Bolsonaro lidera

Editoria de Política

| Edição de 19 de setembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A quarta pesquisa Ibope desde o início oficial da campanha eleitoral nas eleições 2018, divulgada ontem, revela que o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, subiu 11 pontos porcentuais em uma semana e se isolou na segunda colocação, com 19%, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que oscilou dois pontos porcentuais para cima e chegou a 28%. A seguir aparece Ciro Gomes (PDT), que se manteve com os mesmos 11% da semana anterior. Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou dois pontos para baixo, de 9% para 7%. E Marina Silva (Rede) caiu três pontos, de 9% para 6%.
A pesquisa é a primeira do Ibope que capta os efeitos da oficialização de Haddad como candidato do PT, ocorrida no dia 11. Em sua primeira semana como substituto de Luiz Inácio Lula da Silva - condenado e preso na Operação Lava HJato -, ele avançou de 8%, patamar que o colocava em situação de empate técnico com três adversários, para 19%, abrindo oito pontos de vantagem sobre Ciro, seu principal rival na disputa por uma vaga no segundo turno.
O levantamento é também o segundo desde que Bolsonaro foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG), quando participava de um evento de campanha. Desde então, ele subiu seis pontos porcentuais, de 22% para 28%.
Os candidatos do PSL e do PT são os dois únicos que apresentaram tendência de alta desde o início da série de pesquisas Ibope, em 20 de agosto.
As simulações de segundo turno mostram empate técnico em três dos quatro cenários testados pelo Ibope. Os dois primeiros colocados nas intenções de voto no primeiro turno, Bolsonaro e Haddad, teriam 40% cada em um confronto direto, caso ocorresse hoje. Em um embate com Ciro Gomes, o candidato do PSL teria 39%, contra 40% do pedetista. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos, trata-se de empate técnico. O mesmo valeria para um duelo entre Bolsonaro e Alckmin (38% a 38%). A única que perderia para o candidato do PSL fora da margem de erro é Marina, que teria 36% dos votos, ante 41% de Bolsonaro. 
No quesito rejeição, Bolsonaro manteve a primeira colocação, com 42%, praticamente o mesmo resultado da semana anterior (41%). Haddad, à medida que fica mais conhecido, ganha simpatizantes e também desperta mais repúdio: cresceu de 23% para 29% a parcela de eleitores que não votaria no petista de jeito nenhum.  
O Ibope foi às ruas entre os dias 16 e 18 de setembro. Foram entrevistadas 2.506 pessoas em 177 municípios. A margem de erro estimada é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi contratada pelo Estado de S. Paulo e pela TV Globo. O registro no Tribunal Superior Eleitoral foi feito sob o protocolo BR-09678/2018.