Os incêndios ambientais, cuja incidência disparou devido à estiagem e o tempo seco, preocupam também agricultores da região. Em Borrazópolis, duas áreas de cultivo foram atingidas pelas chamas anteontem. Em uma delas, uma lavoura de trigo prestes a ser colhida foi destruída.
No bairro Santo Antônio, o fogo atingiu quase três alqueires de trigo, além de destruir palhada de outra área já colhida. O dono da lavoura Antônio Ruela lamenta o prejuízo. “Tudo foi destruído, prejuízo de cerca de 300 sacas. Vamos ter que correr atrás e assumir o custo”, acrescenta.
O outro bairro atingido foi o Aviação. O fogo atingiu grande região de pastagem. Um caminhão-pipa da prefeitura auxiliou no controle das chamas.
O economista Paulo Franzini, do Departamento Rural (Deral) da regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) de Apucarana, afirma que o momento é mesmo de preocupação. “A estiagem e o calor excessivo são pontos extremamente favoráveis para a propagação do fogo, principalmente em plena colheita. O risco é grande de perder todo esforço e investimento feitos pelos produtores”, ressalta.
Sobre a previsão de chuva, Paulo esclarece que os institutos especializados indicam que há indícios para amanhã (20). “Estamos precisando muito de chuva, principalmente os produtores de café, que precisam de umidade para a florada. Espero que a previsão se concretize”, acredita.
Para evitar os incêndios ambientais, o economista explica que os agricultores passam com uma máquina próxima à estrada para que o fogo não possa entrar na propriedade. “Essa é uma das alternativas utilizadas pelos produtores rurais para evitar um incêndio na vegetação, que na maioria das vezes tem causa humana”, reforça.
(FERNANDA NEME)