OPINIÃO

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Indústria da fake news preocupa nestas eleições

Da Redação

| Edição de 10 de outubro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Apesar da mobilização de empresas tradicionais do ramo jornalístico e dos alertas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o primeiro turno da campanha presidencial deste ano foi marcado pelas fake news, que são as notícias falsas disseminadas pela internet. Os maiores propagadores dessas mentiras envolvendo os candidatos à presidência são usuários do WhatsApp e do Facebook.

É claro que muitas pessoas que repassam as informações por meio desses aplicativos e redes sociais fazem de forma deliberada. São militantes de candidatos que agem com o único objetivo de prejudicar os adversários, visando ludibriar os eleitores mais ingênuos, que são usados como instrumento para repassar a informação falsa ao maior número de pessoas. 
Nas últimas semanas antes do primeiro turno, esse tipo de veiculação dominou os celulares e computadores. Posts falsos foram compartilhados milhões de vezes numa rapidez assustadora. Esse fenômeno é chamado por estudiosos de “era da pós-verdade”, em que mentiras tomam conta do debate público no lugar da informação correta e precisa. 
O WhatsApp e o Facebook chegaram a anunciar medidas para tentar bloquear as fake news. No entanto, os mecanismos vêm se mostrando ineficientes. As empresas jornalísticas também criaram ferramentas para desmentir informações mentirosas e montagens feitas para denegrir candidatos. 
No entanto, o esclarecimento deve partir principalmente do eleitorado. É preciso pensar inúmeras vezes antes de compartilhar um conteúdo. Algumas dicas simples ajudam nesse sentido. Até porque repassar informação falsa é uma irresponsabilidade. O passo mais importante para não cometer esse grave deslize é, antes de tudo, checar a fonte da notícia. Se for de um veículo confiável e tradicional, a informação é segura. A maioria das fake news parte de sites sensacionalistas, de origem desconhecida e sem credibilidade. Em muitos casos, há erros de ortografia e de formatação do conteúdo. Há também evidentes montagens. É preciso prestar atenção e não parar a leitura no título. Ao analisar todo texto, será mais fácil perceber a fraude. 
Enfim, o cidadão precisa adotar uma postura mais defensiva em relação a conteúdos que chamam muito atenção ou que são polêmicos. Nem sempre são verdadeiros e podem ter sido criados com o único objetivo de gerar influência e ludibriar as pessoas. Infelizmente, muita gente dita “esclarecida” cai nessas armadilhas. É preciso, como já foi afirmado acima, pensar muito antes de fazer qualquer compartilhamento. A desinformação representa, sim, um risco à democracia e à liberdade