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Infestação do Aedes coloca região em alerta

Da redação

| Edição de 06 de fevereiro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O índice de infestação do mosquito Aedes Aegypti na região  coloca quase metade dos municípios em alerta de epidemia. Das 17 cidades da abrangência da 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana, 7 apresentaram índices superiores a 4% de infestação do mosquito, o que indica situação de perigo de epidemia. Apenas 3 municípios apresentaram índices de até 1%, considerados regulares pelo Ministério da Saúde (MS).
De acordo com o chefe da Divisão de Vigilância e Saúde da 16ª RS Marcos Costa, não existe epidemia em nenhuma cidade da região, porém é preciso cautela com os altos índices de infestação. “A grande preocupação da 16ª Regional neste momento é o índice de infestação em alerta ou perigo em grande parte das cidades, porque se vier alguém contaminado para cá, o vírus pode se propagar muito rapidamente”, explicou. 
Costa afirma que, nos 17 municípios da região, existem 429 casos suspeitos de dengue, 39 casos confirmados e nenhum registro de epidemia. O município da região com maior número de casos da doença é Apucarana, com 16 confirmados. Ele alerta que mais de 80% dos criadouros do mosquito estão em residências. 
“Os índices de infestação são levantados através dos trabalhos dos agentes de endemias, que visitam casas, empresas e terrenos para identificar focos de criadouros do mosquito e, na maioria dos casos, os focos estão em quintais e terrenos particulares, com objetos que acumulam água. Por isso é tão importante que a população se conscientize e mantenha o quintal limpo”, afirmou. 
Conforme o chefe de Vigilância e Saúde da RS, técnicos do órgão estão visitando os municípios com índices de infestação mais críticos para analisar a situação e levar orientações para ações de combate ao mosquito da dengue. Ele informou ainda que o inseticida fornecido pelo Governo do Estado deve chegar ainda neste mês para a 16ª RS. 
“Pedimos para que a população colabore eliminando criadouros, mantendo locais com acúmulo de água vedados e realizando a retirada de lixo de quintais e terrenos. Também orientamos para que façam uso de repelentes e, se possível, utilizem protetores com telas em janelas e outros locais de acesso”, orientou.

Risco de epidemia 
Marilândia do Sul (8,4%), Bom Sucesso (7,4%), Grandes Rios (7,2%), Borrazópolis (4%,) Cambira (4%), Marumbi (4%) e Rio Bom  (4%).  

Em alerta
Apucarana (3,4%), Califórnia (3,9%), Sabáudia (3,3%), Kaloré (2,9%)  e Mauá da Serra (1,6%) 

Índice recomendado
Faxinal (0%), Jandaia do Sul (0,9%) e Novo Itacolomi (0,9%). 

O município de Arapongas não encaminhou os dados.

Marilândia promove arrastão para reduzir focos
Com um índice de 8,4%, Marilândia do Sul é o município com nível de infestação do Aedes mais alto na região. Em razão do perigo de epidemia, o prefeito Aquiles Taqueda Filho tem coordenado ações de intensificação dos trabalhos de visitas domiciliares dos agentes de endemias e já marcou uma força tarefa de combate aos focos do mosquito, em todas as regiões da cidade. “Vamos fazer um verdadeiro arrastão contra a dengue entre os dias 10 e 14 de fevereiro. Os moradores deverão fazer a limpeza dos quintais e colocar na calçada objetos que acumulem água parada para que a equipe do arrastão possa fazer a destinação correta dos resíduos.  O sucesso da ação depende muito da adesão da comunidade”, disse o prefeito. 
O arrastão começa no dia 10 com as ações sendo concentradas na área central de Marilândia do Sul, trabalho que irá continuar também no dia 11. No dia 12 de fevereiro será a vez dos moradores do Leão do Norte participarem, enquanto no Distrito de São José o trabalho acontece no dia 13 e em Nova Amoreira no Dia 14.