OPINIÃO

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Insegurança preocupa nas propriedades rurais

Da Redação

| Edição de 16 de novembro de 2017 | Atualizado em 16 de novembro de 2017

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A insegurança está tirando o sono dos proprietários rurais de Apucarana. Por conta do isolamento e do policiamento reduzido, os criminosos estão aumentando sua atuação no campo, o que gera preocupação entre as entidades de classe e agricultores do município. 

Segundo levantamento do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), o número de assaltos aumentou 36% neste ano na zona rural do município. De janeiro a outubro de 2017, a PM de Apucarana registrou 34 roubos a propriedades rurais contra 25 no mesmo período do ano passado. Já o número de furtos nas áreas rurais diminuiu 22,2% nos dez primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2016. Foram 84 furtos em 2017 contra 108. No entanto, muitos crimes não chegam ao conhecimento das autoridades. 
Esse cenário mostra a importância de aumentar o policiamento na zona rural. É preciso utilizar os dados estatísticos da PM para realizar ações estratégias de prevenção à ação dessas quadrilhas especializadas nesse tipo de crime. A violência no campo é inaceitável. Na maioria dos casos, os bandidos invadem as propriedades e agem de forma truculenta. 
Esse problema é antigo. Apucarana foi a primeira cidade do Paraná a implantar um Conselho de Segurança Rural (Conseg Rural) para buscar soluções para o problema. O Conseg trabalha em parceria com a PM para tentar coibir a violência no campo, principalmente orientando os produtores rurais sobre a necessidade de ampliar seus sistemas de vigilância. A instalação de sirenes passou a ser difundida entre os agricultores, como forma de alertar a vizinhança no caso de alguma suspeita ou crime. 
Hoje, os proprietários rurais já estão mais atentos ao problema. A maioria melhorou a iluminação das sedes dos sítios e também implementou alguns dispositivos de proteção. Infelizmente, o campo deixou de ser sinônimo de tranquilidade e essas ações são importantes para dificultar a atuação dos bandidos. 
Por outro lado, cabe à PM realizar mais operações de patrulhamento na zona rural. Como é difícil manter várias patrulhas rurais permanentemente transitando, é fundamental colocar toda a estrutura a serviço do agricultor, utilizando os sistemas de inteligência para realizar operações estratégias. O trabalho lançado na semana passada é importantíssimo nesse contexto e precisa ser mantido – e ampliado. Os proprietários rurais necessitam de mais apoio dos órgãos de segurança pública.