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‘Juruba’ tem 100 empresas interessadas

Renan Vallim

| Edição de 15 de dezembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O processo de ênfase na industrialização de Apucarana, através do Programa de Desenvolvimento Econômico de Apucarana (Prodea), da prefeitura, já cedeu um total de 17 terrenos para a instalação de empresas na cidade neste ano. A expectativa é de que estas empresas invistam cerca de R$ 13 milhões apenas na fase de construção e instalação das indústrias. O grande ‘motor’ deste processo tem sido a nova Cidade Industrial da Juruba. Já são 12 empresas garantidas no local, outras 19 em fase de levantamento de documentação e cerca de 100 sendo analisadas.
De acordo com o secretário de Indústria e Comércio de Apucarana, Edison Peres Estrope, a Cidade Industrial da Juruba irá alavancar o setor industrial do município. “A intenção é impulsionar o crescimento industrial na nossa cidade, com ênfase nas empresas de confecção, que são o principal segmento de Apucarana, mas também abrindo a oportunidade de diversificação, com outras áreas sendo contempladas. O resultado disso é um crescimento de toda a cidade, com aumento de empregos, renda para a população e arrecadação para o município”, destaca.
Dos 17 terrenos cedidos ao longo do ano através do Prodea, três foram no Parque Industrial Galan, um no Parque Industrial do Pirapó e outro no Parque Industrial das Confecções Danilo Berte. O restante, 12, são no Parque da Juruba, que está em fase de implantação. Outras 19 empresas já estão na fase de levantamento de documentação. “A maioria é do setor de confecções, mas há empresas dos mais diversos segmentos, como artigos religiosos, asfalto, estruturas pré-moldadas, maquinário, entre outros. Quatro delas são de outras cidades. Há ainda 100 empresas sendo analisadas e que podem ser contempladas nas próximas fases”, diz Estrope.
As empresas já selecionadas têm faturamento combinado de R$ 31 milhões anuais. Elas devem investir, apenas para se instalarem, entre R$ 180 mil e R$ 1,8 milhão, gerando até 200 empregos diretos. Elas têm seis meses para iniciar a construção e mais 18 meses para iniciar as atividades.
Segundo Estrope, são analisados critérios técnicos para a escolha das empresas que recebem os terrenos. “As empresas formulam um projeto e nós a visitamos, verificamos a idoneidade do empresário, a necessidade deste incentivo da prefeitura, se paga aluguel e as perspectivas de crescimento, entre outros parâmetros. Depois da análise da secretaria, a empresa tem que passar pelo crivo do Jurídico da Prefeitura, do prefeito e da Câmara Municipal”, explica.
Com área total de 556 mil m², o terreno do Parque Industrial da Juruba terá um total de 237 lotes, com áreas entre 1 mil e 2 mil m². Na primeira das quatro etapas da construção do parque, há a previsão da liberação de 31 lotes, com investimento de R$ 535,6 mil para o primeiro semestre de 2019. A estimativa da prefeitura para a estruturação completa do parque é de que serão necessários cerca de R$ 10 milhões.

Quatro empresas recebem terrenos
Um dos empresários que conseguiram um terreno no Parque Industrial da Juruba é César Vicente Ramos, dono de uma fábrica de bonés na cidade. Em cinco anos, a empresa dele passou de seis para 45 empregados. O espaço ficou pequeno e ele vê a construção do novo barracão como um salto importante. “Com mais espaço, vamos poder empregar mais gente, aumentar a produção e trazer serviços, que hoje são terceirizados, para dentro da fábrica. Temos muito a crescer”, diz.
Nesta semana, o prefeito Beto Preto (PSD) assinou a liberação de mais quatro lotes no Parque Industrial da Juruba. “A empresas que estão indo para a Cidade Industrial são, na maioria, de Apucarana e estão ampliando as instalações e gerando mais empregos”, frisa Beto Preto, acrescentando que os empreendimentos beneficiados no ato  são das áreas de vestuário, artigos de uso pessoal e doméstico e de fabricação de produtos de concreto. Outras quatro podem ser anunciadas na próxima semana.
Todas as empresas que recebem terrenos através do Prodea têm dois anos de isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Do terceiro ao oitavo ano, o imposto é cobrado com descontos que giram em torno de 50%. “Queremos que as empresas cresçam, gerem empregos e façam nossa cidade ainda maior”, afirma o secretário Edison Estrope.