POLÍTICA

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Lava Jato denuncia Beto Richa por corrupção

Agência Brasil

| Edição de 06 de junho de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) denunciou ontem o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), por crime de corrupção em processo que envolve obras na rodovia PR-232, que liga os municípios paranaenses de Maringá e Francisco Alves, no noroeste do Estado.
Além de Beto Richa, foram denunciados Ezequias Moreira, José Richa Filho (Pepe Richa), Luiz Abi Antoun, Dirceu Pupo Moreira, Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller pela prática, ao longo de 2014, dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude licitatória e lavagem de dinheiro, relacionados à licitação para Parceria Público Privada para exploração e duplicação da PR-323.

Imagem ilustrativa da imagem Lava Jato denuncia Beto Richa por corrupção


Segundo os procuradores, Beto Richa, Ezequias Moreira, José Richa Filho, Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller fraudaram a licitação em favor do Consórcio Rota das Fronteiras, composto, entre outras, pela empresa Tucumann Engenharia e pela Odebrecht.
O grupo teria recebido “vantagens indevidas” de cerca de R$ 7,5 milhões para favorecer o consórcio e afastar potenciais concorrentes. De acordo com os investigadores, há registros de contatos entre empresários e agentes públicos anteriores à publicação das diretrizes para a licitação ganha, posteriormente, pelo consórcio.
“Para garantir que o Consórcio Rota das Fronteiras vencesse a licitação para a exploração e duplicação da PR-323, executivos da Odebrecht ofereceram pelo menos R$ 4 milhões a Denilson Roldo, no interesse de Beto Richa, Pepe Richa e Ezequias Moreira”, informou, por meio de nota o MPF.
Já o recebimento dissimulado de valores foi intermediado por Dirceu Pupo Moreira e Luiz Abi Antoun. “Dentro deste valor prometido pelos empresários, perícias dos sistemas Drousys e MyWebDay, da Odebrecht, revelaram no intervalo de dois meses, ao longo de 2014, pagamentos superiores a R$ 3,5 milhões para o codinome ‘Piloto’, utilizado para identificar o ex-governador”, diz a nota do MPF.
Contatada pela Agência Brasil, a defesa de Beto Richa informou que só se manifestará após análise do processo. A Odebrecht também não se manifestou sobre o caso.