Representantes católicos e evangélicos levaram até a Câmara nesta terça-feira mais um pedido de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. “Temos a consciência de que nem todas as pessoas das nossas igrejas são favoráveis a esse ato que estamos fazendo, mas é importante destacar essa pluralidade e as contradições que existem no âmbito do Cristianismo. Nem todo Cristianismo é bolsonarista”, afirmou a pastora Romi Márcia Bencke, representante do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil.
O pedido de impeachment é assinado por religiosos críticos ao governo. Na lista estão padres católicos, anglicanos, luteranos, metodistas e também pastores. Embora sem o apoio formal das igrejas, o grupo tem o respaldo de outras organizações como a Comissão Brasileira Justiça e Paz da Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e a Aliança de Batistas do Brasil.
O pedido é baseado em denúncia de crimes de responsabilidade referentes à área de saúde e das políticas sanitárias durante a pandemia.
Outros 61 pedidos de impeachment já foram apresentados à Câmara, dos quais 56 estão em análise. Os demais cinco foram arquivados ou não aceitos por questões formais, sem que o mérito fosse analisado.