POLÍTICA

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Mais dois partidos devem abandonar o ‘Centrão’

DA REDAÇÃO

| Edição de 29 de julho de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Depois de DEM e MDB deixarem o chamado “Centrão” da Câmara, outros dois partidos iniciaram as negociações para também deixar o bloco: PTB e PROS. Com a saída destes dois últimos, um novo bloco parlamentar deverá ser criado, juntamente com PSL e PSC. 

Formado anteriormente por 221 parlamentares e comandado pelo deputado Arthur Lira (Progressista-AL), o Centrão deverá perder um total de 85 deputados, encolhendo para 136 deputados. Já o novo bloco alternativo deve contar com 83 parlamentares: PSL (53), PTB (11), PROS (11) e PSC (8).
Um dos articuladores do novo bloco é o deputado federal paranaense Felipe Francischini, lider do PSL na Câmara. “Está fechado, só precisamos protocolar. É um bloco independente, para termos mais força no jogo regimental”, disse ele.
Com o movimento, a tendência é que a liderança de Lira fique ainda mais frágil. Integrantes fazem questão de dizer, no entanto, que a nova configuração não é uma retaliação a Lira.
“As conversas estão bem adiantas, é da dinâmica interna da Casa. Não é contra A ou contra B”, disse André Ferreira, líder do PSC.
“Acho que vai ser bom a formação de um novo bloco para que a gente possa ter mais protagonismo dentro da casa e ajudar no debate. A pauta reformista é uma pauta que abraçamos, não temos dificuldade em votar a pauta do governo, entendemos que a pauta econômica é uma pauta boa. Temos contribuído”, disse Pedro Lucas Fernandes, líder do PTB.
Na semana passada, Arthur Lira irritou os colegas ao usar o grupo de partidos para pedir o adiamento da votação do Fundeb (fundo de educação básica), posição naquele momento defendida pelo governo. Foi criticado por outros líderes do bloco por isso, já que nem todos eram a favor do adiamento.