O trecho da PR-170 que passa pela região, ligando Apucarana até Borrazópolis, não à toa é chamada de Rodovia do Milho. A estrada não é apenas uma interligação fundamental para o Vale do Ivaí como também um corredor de escoamento de municípios destacadamente grandes produtores de grãos.
Estratégica, a rodovia, entretanto, costuma ocupar o noticiário por outra de suas características: insegurança. Com manutenção deficiente, a estrada é um cenário de buracos na pista, falta de sinalização e vários trechos de acostamento praticamente inexistente.
Dois acidentes graves registrados no trecho reforçam esse quadro. No último dia 8 um motociclista de 36 anos morreu após bater na traseira de um caminhão, no Distrito de Sete de Maio e dois dias antes, uma colisão frontal entre carro e caminhão deixou três pessoas gravemente feridas em Novo Itacolomi.
A PR-170 é a pior rodovia classificada da região na pesquisa realizada periodicamente pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) que confere itens como pavimento, sinalização e geometria das principais rodovias nacionais.
Além de uma geometria pouco segura, a Rodovia do Milho está sem manutenção, o que intensifica os problemas já existentes.
Em resposta a questionamento da Tribuna - que abordou os problemas da PR-170 no último domingo -, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), responsável pela rodovia estadual,
admite que empresa que deveria ter realizado os serviços no ano passado teve seu contrato rescindido por não ter cumprido o que estava previsto.
Uma nova empresa foi contratada em fevereiro para dar início às melhorias. Entretanto, a expectativa é que apenas por volta de maio seja atendido o trecho entre Cambira e Novo Itacolomi e depois prosseguindo até Borrazópolis. As melhorias integram obras previstas no lote 6 do programa Conservação de Pavimentos (COP) do Governo do Estado.
Manutenção de rodovias é algo que não pode esperar. Estradas deficientes são um problema para economia, mas principalmente um risco à vida dos cidadãos. Os usuários da PR-170 vem esperando tempo demais por uma solução.