Um jovem de 19 anos foi preso na manhã de ontem em São João do Ivaí suspeito de envolvimento no assassinato de Vanessa Formentini, de 26 anos, morta na sala de casa na manhã do último sábado. Cleiton de Souza Gomes foi preso na oficina mecânica onde trabalhava e que fica próxima da casa da jovem. Ele confessou o crime.
Vanessa foi morta com diversas facadas e também foi golpeada com uma bateria de carro. O corpo da vítima foi encontrado na sala da casa dela pelo irmão, na rua João Pepino Batista, área central da cidade.
De acordo com a delegada Karen Friedrich, de São João do Ivaí, o crime começou a ser elucidado no sábado. “Inicialmente verificamos que havia uma câmera de monitoramento em uma casa na frente da residência da Vanessa. Mas a imagem estava muito distante, só aparecia o vulto do suspeito”, relata Karen.
Com apoio de técnicos de informática da cidade, as imagens foram melhoradas, sendo possível reconhecer Cleiton. “Desde cedo, o escrivão Arilton afirmava que era o Cleiton, já que ele tinha diversas passagens por furto e violência doméstica e foi reconhecido pelo jeito de andar e vestes”, diz. Com o melhoramento das imagens, além do escrivão, outros policiais militares reconheceram Cleiton.
Uma testemunha que viu um suspeito na frente da casa da vítima, minutos antes de o corpo ser encontrado, também reconheceu o rapaz.
Segundo a delegada, Cleiton confessou o crime e relatou passo a passo o assassinato de Vanessa. “Como o portão estava aberto ele entrou para furtar o carro dela. Quando já estava no veículo, a Vanessa saía para o trabalho. Ele disse que como ela o reconheceu e ele ia ser preso mesmo, investiu com a intenção de matá-la”, enfatiza Karen.
Ainda segundo a delegada, o criminoso estava armado de uma faca e desferiu sete golpes na região do pescoço da vítima. “Como ela não morria, pegou uma bateria que estava próxima e bateu na cabeça da Vanessa”, frisa Karen. Ontem quando foi preso, Cleiton indicou o local onde havia jogado a faca usada no crime. A arma estava enrolada em um pano no quintal de uma casa que está à venda.
O inquérito deve ser concluído em 10 dias. “Um crime que chocou a todos, já que não temos crimes assim tão graves, e com requintes de crueldade. Trazer a vítima de volta, nós não podemos, mas pelo menos a polícia deu uma resposta para a sociedade”, completa Karen.