Móveis, entulhos e até lixo doméstico. Tudo jogado de forma irregular na frente das casas. Moradores da Rua Quetzal, na Vila Bernardes, em Arapongas, denunciam a dificuldade de conviver próximo a um ponto de descarte irregular.
O que chama ainda mais atenção é que todos esses materiais - ontem até um sofá estava no local - ocupam uma esquina, onde já foi instalada uma placa destacando a proibição de jogar lixo, muito próxima ao Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Tia Nena, a poucos metros de uma academia ao ar livre. Crianças, professores, pais e quem pratica atividade física diariamente encontram lixo espalhado pela região.
“Toda semana está cheio de lixo. É muito chato, tem uma creche aqui do lado e quem vem de fora pode pensar que é alguém de perto que joga o lixo. É uma enorme falta de respeito”, comenta Débora Cunha, que trabalha em uma residência que fica próxima do ponto de descarte irregular.
Claudinei Nogueira mora no bairro e conta que o problema sempre existiu. Para ele, a solução seria a implantação de uma câmera de monitoramento para flagrar quem joga o lixo na rua e na calçada e responsabilizar os ‘sujões’.
“As pessoas jogam o lixo na frente da nossa casa. Fica sempre uma sujeira e não é certo. As vezes vem gente de outro bairro jogar lixo aqui. A prefeitura já colocou placas e pede para denunciar, mas deveriam instalar uma câmera para pegar quem faz isso. Nós moradores estamos indignados com essa situação”, relata Claudinei.
O secretário do Meio Ambiente de Arapongas, Luiz Carlos Vissoci, informou que, de providência imediata, a prefeitura mandou um caminhão para recolher os móveis e entulhos, mas que é preciso que as pessoas tenham a consciência de que não se pode jogar lixo em qualquer lugar.
“Temos coleta de lixo e recicláveis na frente das casas das pessoas todos os dias, mas infelizmente estamos lidando com gente que não tem educação, que não respeita o próximo nem o meio ambiente. Eu não consigo entender como alguém simplesmente joga lixo em qualquer lugar, sem pensar”, comenta o secretário.
Vissoci explicou que móveis e entulhos podem ser levados até a Usina de Reciclagem do município ou até mesmo para o aterro, uma vez que o caminhão de coleta seletiva pode apenas recolher o lixo doméstico.
Ele ainda comenta que o município constantemente realiza coletas de lixo eletrônico e que, para amenizar o problema que, segundo o secretário também existe em outras regiões da cidade, um caminhão começará a passar nos bairros para recolher móveis.
“Estamos tentando mudar a cultura. É um trabalho de formiguinha, mas estamos buscando alternativas de mudar essa realidade. Estamos até pensando em firmar uma parceria com alunos do Colégio Agrícola de Apucarana para que os estudantes nos ajudem a ir na casa das pessoas para falar sobre o assunto”, avalia Vissoci.
MULTA
O secretário ressaltou que o município pode aplicar uma multa que pode chegar em até R$ 5 mil para quem for flagrado realizando um descarte irregular. “Peço que anotem placas de carros, que nos repassem as características das pessoas. A população não precisa ter medo de denunciar. Contamos com o apoio da Patrulha Ambiental da Guarda Municipal e quem quiser denunciar pode ligar na secretaria através dos telefones: 3902-1194 ou 3902-1196 e para a GM, no 153”, finaliza Vissoci.