POLÍTICA

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Moro autoriza envio da Força Nacional ao Ceará

Da redação

| Edição de 04 de janeiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Estado está sendo alvo de ataques de bandidos em várias cidades
O ministro da Justiça, Sergio Moro, autorizou ontem que a Força Nacional atue por 30 dias no Ceará para ajudar a conter a onda de violência no local. Nesta quinta, ele já havia determinado providências, com a mobilização da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional. Militares devem chegar hoje ao Estado.
A decisão se deu por pedidos feitos pelo governador Camilo Santana (PT). O ministro sugeriu a formação de um gabinete de crise, com a integração de polícias federais e estaduais. A equipe da Força Nacional mobilizada conta com cerca de 300 homens e 30 viaturas, de acordo com informações do ministério.
Fortaleza e cidades da região metropolitana sofreram com a segunda madrugada de ataques contra prédios públicos, agências bancárias e ônibus. Um suspeito de tentar incendiar um radar de trânsito, na cidade de Eusébio, foi morto em confronto com a polícia. Até o momento 40 criminosos foram detidos em todo o estado suspeitos de participação nos ataques a prédios públicos e privados, agências bancárias e ônibus.
De acordo com o secretário Nacional de Segurança Pública, Guilherme Theophilo, as ordens dos atos de violência são emitidas de dentro dos presídios e têm ligação com brigas entre facções criminosas.
Os ataques, que na primeira noite (de quarta para quinta) foram quase todos em Fortaleza e região metropolitana, se estenderam nesta sexta a cidades do interior. Houve registros de incidentes, como radares de trânsito danificados, carros de órgãos públicos incendiados e prisão de suspeitos com bombas caseiras em Juazeiro do Norte (490 km de Fortaleza), Jaguaruana (180 km), Baturité (115 km), Arocoiaba (93 km) e Morrinhos (210 km).
Em Fortaleza, apenas 30% da frota de ônibus da capital estava nas ruas nesta sexta e boa parte só saia dos terminais após a chegada de carros da polícia para fazer a escolta. 
(FOLHAPRESS)