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Motorista que matou ciclista não tinha habilitação

Da redação

| Edição de 12 de junho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Jovem pode responder por homicídio doloso, diz delegado de Arapongas
O motorista responsável pelo acidente que vitimou um ciclista de 25 anos na manhã de sábado, em Arapongas, pode ser indiciado por homicídio doloso (quanto há intenção de matar). Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Aldair Oliveira da Silva, a polícia investiga se houve um racha pouco antes do acidente, conforme relatado por testemunhas. O motorista Giovani de Lima Silva, 18 anos, preso desde a manhã de sábado, não tinha habilitação para dirigir e aguarda arbitramento de fiança.
Segundo o delegado, os exames realizados após acidente comprovaram consumo de álcool, mas não dentro do limite previsto para configuração de crime de trânsito. “Ele tinha 0,29 (miligrama de álcool por litro), que é bastante próximo dos 0,35 previstos na lei”, comenta. Pela lei de trânsito, motoristas flagrados com qualquer quantidade de álcool no corpo são passíveis de multa e sanções administrativas, contudo, para que incorra crime de trânsito, com prisão em flagrante, o limite é de 0,35 mg/l. Segundo o delegado, a prisão do motorista ocorreu em decorrência de outro crime: a condução do veículo sem CNH. 
Em relação ao suposto racha que teria causado o acidente, o delegado afirma que a polícia colheu no local partes de uma motocicleta e tenta localizar um motociclista que teria se ferido na ocasião. Testemunhas afirmaram que o Golf bateu em uma moto com a qual disputava um racha e na sequência perdeu o controle vindo a atingir o ciclista Henrique Oliveira da Silva. “Estamos  dispensando toda atenção para este caso e trabalhando para materializar essa questão. Caso isso ocorra vamos indiciá-lo por homicídio doloso, com dolo eventual, com base no consumo de álcool e a questão do racha”, comenta o delegado, que destaca que o rapaz deve ser responsabilizado também pelas lesões graves sofridas por um dos passageiros do carro.
Em depoimento, o motorista admitiu ter consumido álcool na madrugada anterior ao acidente, mas negou a prática do racha. “Ele disse que tinha ido a uma festa, que foi dormir às 2 horas da madrugada e que acordou às 7 horas para ir trabalhar”, afirma o delegado. (ADRIANA SAVICKI)