Uma idosa de 71 anos, moradora de Califórnia, foi a primeira beneficiada pelo mutirão de cirurgias eletivas da 16ª Regional de Saúde de Apucarana, que abrange 17 municípios do região. Elça Maria de Jesus passou por uma histerectomia, após seis meses de espera. A cirurgia foi realizada na Santa Casa de Arapongas, um dos hospitais credenciados no mutirão que, nesta etapa, vai totalizar 355 procedimentos.
Ainda sob o efeito dos sedativos, dona Elça comentou que estava feliz por ter passado pelo procedimento. Segundo a chefe da 16ª RS, Clara Ilza Lemes Pontes, serão realizadas 90 cirurgias na Irmandade Santa Casa até dezembro. Outros 265 procedimentos serão feitos em outras unidades, como Hospital da Providência, em Apucarana; Hospital do Norte do Paraná (Honpar); Hospital Cristo Rei, de Astorga; e Hoftalon, de Londrina. Ao todo, o governo do Estado liberou R$ 455,8 mil para custeio de cirurgias eletivas na região.
Clara explica que os pacientes serão selecionados pelos municípios e regional irá analisar a gravidade dos casos e o tempo de fila de espera dos pacientes. Ainda de acordo com Clara, as especialidades ofertadas são na área de cirurgia geral, ortopedia, ginecologia e otorrinolaringologia. “Não vamos zerar a fila, mas vai melhorar bastante a espera. A gente priorizou os casos mais graves para minimizar o sofrimento dessas pessoas”, reforçou.
O recurso destinado para este mutirão, segundo Clara, é de R$ 13 milhões em todo Paraná e foi destinado pelo Ministério da Saúde e Estado do Paraná. “No último mutirão realizado no ano passado o Paraná recebeu R$66 milhões do Estado do Paraná, que colaborou com 66 mil cirurgias, zerando a fila de espera pela cirurgia de catarata”, salientou.
Somente na área de abrangência da 16ª Regional de Saúde (RS), de Apucarana, e da 22ª RS, de Ivaiporã, entre 2015 e 2016, foram realizados cerca de 3,3 mil procedimentos em diversas áreas.
Segundo Márcia Krempel, secretária de saúde de Arapongas, a cidade irá receber a princípio R$140 mil de investimento. “Selecionamos os casos prioritários, que são os mais graves, geralmente são procedimentos ortopédicas, principalmente de joelho, ginecológicos e cirurgias gerais”, explica.