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Número de MEIs cresce 21% na região

RENAN VALLIM E IVAN MALDONAD APUCARANA

| Edição de 14 de abril de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O número de Microempreendedores Individuais (MEIs) nos três municípios da região cresceu 21,2% em um ano. Apucarana, Arapongas e Ivaiporã, juntos, têm mais de 12,9 mil empresas nesta categoria. Em abril do ano passado, o número era de 10,6 mil. Nos 12 meses, o incremento foi de 2.260 novos MEIs. Os números dão do Portal do Empreendedor.

Em Apucarana, o aumento no período foi de 19%. O município passou de 4.764 MEIs para 5.671, ou seja, 907 novos microempreendedores individuais foram formalizados. Em Arapongas, foram 1.084, alta de 23,2% nos 12 meses da pesquisa. Em abril de 2018, eram 4.670 MEIs. Agora, já são 5.754.
Em Ivaiporã, o aumento foi de 22%, passando de 1.225 para 1.494, ou 269 MEIs a mais. Um desses microempreendedores é a podóloga Caciane Faria de Oliveira, que abriu uma clínica própria há oito meses. “Antes de me formar, eu trabalhava como secretária em uma clínica de estética, mais ou menos uns cinco anos, os dois de faculdade eu trabalhava lá também. Quando terminei a faculdade, comecei a atender na clínica por porcentagem por cerca de um ano”. 
Segundo Caciane a opção de abrir o próprio negócio, partiu da necessidade de melhorar os rendimentos e de ter maior segurança previdenciária. “A gente evolui bastante tendo o próprio negócio, o retorno também aumenta, mesmo tendo mais despesas. Agora tendo minha empresa, recolho o INSS e tenho mais segurança em relação a aposentadoria, um auxilio doença, fora os outros benefícios do MEI como emissão de nota fiscal e crédito diferenciado”.
Já Carlos Aparecido Messias, também de Ivaiporã, começou o negócio há três anos, depois que perdeu o emprego de montador de móveis. Ele abriu uma lanchonete no Jardim Ouro Preto e, rapidamente, viu o negócio crescer. Tanto que, há um mês, mudou da modalidade MEI para o regime Simples. 
“Quando sai da firma, a única coisa que eu peguei da empresa foi o fundo de garantia. Para não ficar sem dinheiro e aproveitando que o Jardim Casagrande (empreendimento imobiliário vizinho) estava crescendo, comecei a construir um salão comercial de 35 m² em frente de casa para ver o que ia fazer depois. Quando o salão ficou pronto, o meu neto começou a insistir para abrir a lanchonete. Foi aí que resolvi entrar para este setor”. Com o sucesso, da lanchonete, Messias também ampliou o espaço aumentado à a área de atendimento construindo mais 30 m². 
O empreendimento, que começou com Messias e a esposa, hoje emprega sete pessoas e, nos finais de semana, gera renda para outras quatro. “No começo foi bem complicado, mas o pessoal foi conhecendo e começamos a receber pedidos por telefone. Durante a semana trabalhamos eu, minha esposa, meus dois filhos, minha nora e duas sobrinhas. No final de semana, meu cunhado, minha cunhada e mais duas pessoas que não são da família também vem ajudar”, relata.