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Pandemia afeta 24% dos trabalhadores da região

DA REDAÇÃO

| Edição de 31 de julho de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Quase um em cada quatro trabalhadores com carteira assinada fez algum tipo de acordo trabalhista durante a pandemia de coronavírus na região. Dados do Ministério da Economia apontam que dos 76,5 mil colaboradores de Apucarana, Arapongas, Ivaiporã, Jandaia do Sul e Faxinal, mais de 18 mil (24%) aderiram entre abril e 27 de julho ao Benefício Emergencial (BEM), concedido pelo Governo Federal para preservação dos empregos em função da crise causada pela Covid-19, totalizando 24,8 mil acordos trabalhistas. 

Na região, os setores mais impactados foram o da indústria e o de serviços e o tipo de acordo com maior adesão foi a redução salarial com 13.675 concessões que correspondem a 55% do total de acordos firmados (veja no gráfico). 
Em Apucarana, foram acordadas 11.405 medidas trabalhistas envolvendo mais de 7,9 mil funcionários que tiveram redução de jornada de trabalho, salário ou suspensão temporária do contrato. A maior parte dos colaboradores (5,5 mil) trabalha na indústria. Em Arapongas, foram feitos mais de 11 mil acordos com mais de 8,4 mil empregados, que representam 25% dos 33,6 mil trabalhadores formais. A maior parte dos contratos são do setor industrial 
(6,3 mil). 
Ivaiporã tem 933 trabalhadores - 18% dos 5,1 mil empregados formais do município, que assinaram 1,3 mil acordos, a maior parte no setor de serviços. Jandaia do Sul tem 532 trabalhadores envolvidos em 817 acordos, a maior parte nos setores de serviços e indústria. Já em Faxinal, 268 funcionários assinaram 321 contratos trabalhistas, sobretudo no comércio e serviços (veja no gráfico). O município foi o único que não firmou acordos intermitentes. 

INDÚSTRIA
O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia) Jayme Leonel avalia que os acordos trabalhistas firmados durante a pandemia foram muito importantes para manter empregados e ajudar empresas durante a crise. Segundo ele, muitas empresas do município ampliaram acordos para ter mais fôlego. “Ajudou e muito, inclusive muitas empresas ampliaram o acordo. Importante que houve uma aceitação por parte dos colaboradores que, diante da possibilidade de perder os empregos, fizeram a transição de uma maneira compreensiva e amigável”, comenta. 
Em Apucarana grande parte das empresas que firmaram acordos trabalhistas são da indústria. Segundo Leonel, isso ocorre porque com a pandemia, houve grande desabastecimento do setor industrial, sobretudo do ramo de confecção, com queda de pedidos e de insumos para produção. “Agora a indústria está quase normalizando. Essa retomada é lenta mas está acontecendo”, assinala.