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Pandemia reduz em 40% clientela de academias

DA REDAÇÃO

| Edição de 24 de julho de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Academias de ginástica e de artes marciais fazem parte dos setores mais afetados pela pandemia de coronavírus. Fechadas por vários dias através de decretos municipais, os estabelecimentos retornaram os atendimentos recentemente, precisando se adaptar a uma série de regras de distanciamento e higienização, além de uma perda de cerca de 40% no número de alunos, de acordo com empresários do setor.

Luceli Mafra, coordenadora de uma academia feminina em Apucarana conta que o local ficou fechado por cerca de 40 dias, o que causou grandes perdas financeiras. “Tivemos e reduzir e suspender salários, além de realizar algumas demissões. Nosso quadro de alunas reduziu cerca de 40% e o retorno ainda está difícil, porque muitas ainda estão com medo por conta do aumento de casos. Fizemos diversas adaptações para respeitar o distanciamento e estamos obedecendo a todas as normas de proteção exigidas pelo município”, contou.
Dono de uma academia de lutas em Apucarana, o empresário Antônio Cilião Rosa conta que precisou ficar quase 50 dias com as portas fechadas e agora está readaptando a rotina para trabalhar com os alunos que voltaram as aulas. “Tivemos uma volta de 60% dos alunos matriculados, mas precisamos trabalhar com horários reduzidos e fazer investimentos para obedecer aos protocolos de segurança. Os prejuízos financeiros são de grande monta, nosso objetivo é trabalhar bastante até o final do ano apenas para conseguir pagar as contas”, revelou.
Em Arapongas, o professor e atleta de Jiu-Jitsu Paulo Schauffler, há 14 anos mantém uma academia de lutas, que permaneceu fechada durante 45 dias. Mesmo com a reabertura, há pouco mais de um mês, o professor conta que já amargou um prejuízo de cerca de R$ 40 mil até agora. “Além de perder cerca de 60% dos alunos que estavam matriculados, ainda precisei fazer investimentos para conseguir voltar a dar aulas, já que, em se tratando de lutas, o contato físico era essencial nas aulas, mas agora precisei me reinventar, então comprei equipamentos novos para os treinos”, contou.
A empresária araponguense Carla Lioggi é dona de uma academia. Fechada por 28 dias, ela viu a receita diminuir em cerca de 40%. “O prejuízo financeiro é grande porque nossos custos continuam, principalmente aluguel. Estamos retornando com cerca de 50% dos alunos e com o aumento do número de casos, alguns ficam assustados e acabam deixando de vir as aulas também, mesmo sabendo que estamos tomando todos os cuidados exigidos pelo município. Infelizmente, ainda não temos uma previsão de quando as coisas irão melhorar”, disse a empresária.