CIDADES

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para aliviar as dores da pandemia

DA REDAÇÃO

| Edição de 10 de abril de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Um dos principais legados da pandemia na sociedade é a solidariedade. A crise sanitária e econômica causada pelo coronavírus fez com que diversos movimentos de ajuda nas mais diversas áreas fossem iniciados, como arrecadação de alimentos, apoio psicológico, doações de insumos hospitalares e outros tipos de socorro em diversas frentes. Na região, grupos de oração se organizaram para interceder pelos doentes e pelos médicos, enfermeiros e demais profissionais envolvidos na linha de frente ao combate da doença. São pessoas de diferentes orientações religiosas, unidas pelo mesmo propósito: trazer esperança em meio ao caos na saúde.

Uma dessas pessoas é a artesã Célia Regina Alves Pereira. Ela é responsável pelo movimento de Cursilhos da paróquia Cristo Sacerdote em Apucarana. Célia participa ativamente do grupo que realiza orações em frente ao Hospital da Providência, desde o início deste ano. “Começamos a nos reunir para rezar em frente ao hospital no dia 16 de janeiro. Agora, estamos realizando as orações sempre aos sábados. É muito gratificante estar ali rezando. A gente não tem muita noção de como a gente ajuda, acredito que seja como um trabalho de formiguinha, a oração tem muito poder”, declarou.
A Irmã Renata Tavares, enfermeira coordenadora do setor exclusivo Covid-19 no Hospital da Providência de Apucarana afirma que as orações têm trazido forças aos profissionais no dia a dia. “A oração sempre é um acalento, então para nós nesse momento difícil que estamos passando já há um ano, a oração vem trazer a esperança. Sempre que há um grupo rezando, cantando do lado de fora, e a equipe sempre se emociona, é bonito ver, porque isso traz a paz para o coração deles que diariamente enfrentam essa dúvida, essa incerteza, esse cansaço, por ver tantas pessoas adoecerem. Então é muito louvável ver que pessoas que estão lá fora não esquecem da gente. Então agradecemos a todos”, declarou a enfermeira.
A irmã Geovana Ramos, diretora geral do Hospital da Providência, conta que a iniciativa fortalece tanto pacientes quanto as equipes de trabalho. “Isso tem trazido um alívio espiritual um fortalecimento na fé, tanto para os pacientes quanto para a equipe, os funcionários sempre se emocionam. Ocorre um reconhecimento por todo o trabalho, que tem sido bastante difícil. Agradecemos a essas pessoas, esse momento faz bem para todos, mesmo os que não conseguem acompanhar por estarem intubados, sabemos que essas mensagens chegam até eles. O meu muito obrigado”, diz a religiosa.

ARAPONGAS
Arapongas também aderiu ao movimento de orações. Grupos de diferentes comunidades religiosas se dividem durante a semana para realizar intercessões em frente aos hospitais e unidades de saúde que realizam atendimento de pacientes com Covid-19.
A autônoma Rose Mantovani faz parte de um grupo que se reúne toda semana para rezar. Ela decidiu participar deste movimento, depois que teve um quadro grave de Covid-19 em fevereiro. “Eu quase morri por causa desta doença, então decidi interceder pelos doentes. Percebemos o quanto as pessoas estão fragilizadas com toda essa situação e acreditamos no poder da oração para reverter isso”, disse.