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Paradesporto desponta em projeto da UEM

Ivan Maldonado

| Edição de 11 de novembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Com objetivo central de proporcionar oportunidades de participação aos portadores de necessidades especiais (PNEs), alunos do campus da UEM desenvolvem o projeto Atividade Física Adaptada do Vale do Ivaí (Afavi). O projeto orienta e apoia alunos e pessoas com deficiência do Vale do Ivaí nas modalidades de atletismo, bocha e tênis de mesa adaptada. Na semana passada, a equipe de atletas treinados através do Afavi conquistaram a 3ª colocação geral dos Jogos Abertos Paradesportos do Paraná (Parajaps). 

Imagem ilustrativa da imagem Paradesporto desponta em projeto da UEM

De acordo com o diretor do campus Ricardo Alexandre Carminatto, também coordenador do Afavi, a proposta é dar melhor qualidade de vida às pessoas com necessidades especiais, objetivando ainda à prática competitiva ou de rendimento. 
“O projeto é para qualidade de vida e para que o deficiente possa ter atividade física. Consequentemente aquele que se destaca e nós não paramos ali. Damos encaminhamento para o esporte de rendimento. Hoje temos atletas que apenas praticam esportes por lazer e atletas competitivos. São seis campeões paranaenses, quatro no brasileiro e um campeão mundial”, relata Carminatto. 
Além de treinar paratletas, o projeto também realiza há quatro anos em Ivaiporã, o Festival Paralímpico do Vale do Ivaí. Recentemente, o Comitê Paralímpico reconheceu e parabenizou o Festival Paralímpico do Vale do Ivaí. “Somos referência no Brasil, o comitê quer adotar esse modelo de festival em todo o país”, enfatiza Carminato. 
O Afavi também proporciona aos acadêmicos experiência, preparando os futuros professores de Educação Física para o mercado de trabalho. A acadêmica Fernanda Carolina Oliveira Carvalho, bolsista do projeto, acompanha a modalidade de bocha adaptada. “É uma experiência que nunca tive na minha vida. É uma satisfação trabalhar com eles, estou aprendendo muito”, afirma Fernanda Carolina. 
O jornalista Antonello Nadal é um dos paratletas acompanhados pelo projeto. Na semana passada ele participou pela primeira vez do Parajaps. Nadal competiu na corrida de 100 metros na classe D35 para atletas com paralisia cerebral e ficou na quinta colocação. 
“Acompanhando ‘in loco’ o Parajaps percebi quanto é importante as pessoas com deficiência estarem inseridas no esporte e como é difícil uma competição dessa porque o nível é altíssimo. Por isso, temos que valorizar esse projeto da UEM, que tem feito a diferença para muitas pessoas com necessidades especiais. Os caras são feras”, afirma Nadal. 
Nadal começou a participar de competições há três anos no Festival Paralímpico. “A grande vitória do paradesporto não é subir ao pódio, mas sim melhorar a marca. No Parajps fiquei em quinto lugar, uma vitória pessoal, pois consegui melhorara a minha marca que há 2 meses no festival foi de 49 segundos para 44,76”, comemora.  (IVAN MALDONADO)