OPINIÃO

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Paraná é exemplo na área de saneamento básico

Da Redação

| Edição de 28 de maio de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada R$ 1 investido em saneamento representa uma economia de R$ 4 em saúde. Isso mostra a importância dos investimentos feitos no Paraná na área de saneamento básico nos últimos anos. A cobertura da rede de esgoto no Estado chega a 70%, enquanto a média do país é de 50%. 

O governo do Paraná anunciou R$ 1,5 bilhão em recursos para saneamento básico até o fim de 2018. As obras vão beneficiar 282 municípios paranaenses. Desde 2011, o Estado aplicou R$ 4 bilhões nesta área. A previsão da Sanepar é investir até 2021 entre R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão ao ano. São grandes investimentos, que colocam o Paraná na vanguarda nacional quando o assunto é saneamento básico.
Na sexta-feira, o governador Beto Richa (PSDB) esteve em Londrina, quando anunciou R$ 270 milhões para a região Norte. Os municípios de Apucarana e Arapongas terão, juntos, R$ 53,4 milhões para ampliação da rede de esgoto e também para melhoria no abastecimento de água. 

Não é exagero dizer que o Paraná está próximo de chegar a índices de primeiro mundo quando o assunto é saneamento básico. Em Apucarana, por exemplo, a cobertura da rede de esgoto atinge atualmente 81% da cidade, enquanto 100% já tem atendimento de água tratada. O município recebeu cerca de R$ 100 milhões desde 2011, quando sua cobertura de esgoto não passava de 30%. É um salto imenso. 

Arapongas está um pouco atrás, com 63% na área de cobertura de esgoto. No entanto, a cidade conseguiu agora um aporte de R$ 44,3 milhões para acelerar essas obras. 

Os investimentos em água e esgoto têm impacto direto na saúde da população e também no meio ambiente. No entanto, muitos governantes não dão a devida importância para esse tipo de obra, que não tem tanta visibilidade. Felizmente, no Paraná, a visão é diferente e hoje o Estado tem dados muito positivos nessa área.
No País, de modo geral, a situação é preocupante. 

Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) indicam que o abastecimento de água no país, em 2015, era de 83,3%, enquanto o esgoto tratado alcançava apenas 42,7% e a coleta de esgoto é disponível apenas para 50,3% da população. A situação é tão alarmante que levou o Brasil a ficar na 112ª posição entre 200 países no ranking de saneamento básico realizado pelo Instituto Trata Brasil em 2014. 

Portanto, é preciso reverter esse quadro. Outros estados precisam seguir o exemplo do Paraná, ampliando seus investimentos em saneamento básico. As grandes obras estruturais são importantes, mas é inconcebível que esses problemas primários de saneamento ainda persistam, aumentando os gastos em saúde pública e gerando danos incalculáveis no meio ambiente.