A eleição para o Senado no Paraná neste domingo surpreendeu: foram eleitos o neófito Oriovisto Guimarães (Podemos), professor e fundador do grupo educacional Positivo, e o ex-senador Flavio Arns (Rede), que está sem mandato desde 2015.
Oriovisto fez 29,17% dos votos válidos, e Arns, 23,00%, segundo parciais do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), com 98,52% das urnas paranaenses foram apuradas.
Oriovisto recebeu 2.957.239 votos, ou seja 29,17% do votos válidos. Arns teve 2.331.740 votos, o que equivale a 23,00%.
Ficaram de fora da disputa os dois favoritos das pesquisas: o atual senador Roberto Requião (MDB), que liderava as pesquisas, fez 14% dos votos.
O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), terminou em sexto lugar, com 3,7%.
Richa foi preso em meio à campanha eleitoral, numa investigação por suspeitas de desvios, e disse que sua prisão foi arbitrária e teve objetivos políticos.
Cabos eleitorais de Ratinho Júnior (PSD), eleito em primeiro turno para o governo do Paraná, gritavam, na sede do TRE: “Não é mole, não; o Oriovisto tirou o Requião”. Oriovisto integrava a chapa de Ratinho.
Neste ano, o eleitor escolheu dois candidatos ao Senado porque o mandato é de oito anos, mas as eleições ocorrem de quatro em quatro anos.
Assim, a cada eleição, a Casa renova, alternadamente, um terço e dois terços de suas 81 cadeiras. Neste ano, 54 vagas estavam em disputa no País.
Oriovisto não teve nenhum contratempo durante a campanha. Ele colocou R$ 2,3 milhões na campanha ao Senado, de acordo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
Oriovisto disse não ter recebido nenhum centavo de fundo eleitoral e que o valor investido por ele estava dentro dos limites previstos por lei – que, nos casos dos candidatos ao Senado, era de até R$ 3,5 milhões.
Arns, que já tinha ocupado uma cadeira no Senado, também teve uma campanha sem intercorrências.