Pequenos empresários e microempreendedores se preparam para realizar cadastro e receber o auxílio emergencial anunciado ontem pelo governo do estado. De acordo com o governador Ratinho Júnior, serão disponibilizados R$ 59,6 milhões para os pagamentos, com recursos provenientes do Fundo Estadual de Combate à Pobreza do Paraná (Fecoop). Pequenas empresas cadastradas no Simples Nacional em quatro segmentos receberão R$ 1.000. Já os microempreendedores individuais (MEIs) de seis setores terão direito a R$ 500. Além da ajuda em dinheiro, que deve chegar a 86,7 mil empresas do estado, também será publicado um decreto que prorroga o prazo de pagamento da parcela estadual do ICMS devido por estabelecimentos optantes do Simples Nacional.
“Estamos fazendo de tudo para manter a economia do Paraná aquecida, sem esquecer é claro desta grave crise sanitária que estamos enfrentando há mais de um ano. Esse pacote é uma forma também de amenizar o impacto das medidas restritivas para setores que são muito importantes para o Estado”, afirmou Ratinho Junior.
Ele frisou que as medidas foram discutidas com o setor produtivo e auxiliarão o Estado em uma nova retomada. “Serviços, comércio e turismo são responsáveis por boa parte dos empregos gerados no Paraná. Então nada mais justo do que o Estado abrir mão de parte da sua receita, adiando a cobrança de impostos de quem ficou sem renda durante um período”, acrescentou o governador.
As medidas foram bem recebidas pelo setor produtivo. De acordo com a secretaria municipal de Indústria e Comércio de Apucarana, a cidade tem hoje cerca de 7.823 cadastros ativos de Microempreendedor Individual (MEI) e cerca de 1.160 cadastros de micro e pequenos empreendedores. O secretário Edison Estrope acredita que a medida terá um impacto bastante positivo para a economia. “Principalmente no setor de vestuários onde hoje somos a cidade que tem a maior concentração de empresas nesta atividade no Paraná, cerca de 25%. Todo recurso é bem-vindo e assim que aprovado, iremos buscar todos os meios para aprovar o mais urgente possível para nossos empresários”, declarou.
Para a presidente da Associação Comercial e Industrial de Apucarana (ACIA) Aída Assunção, o aporte financeiro do governo trará um alívio ao setor do comércio e serviços, tão impactados pela pandemia. “O pequeno é o que mais sofre por não ter recursos, muitos chegaram a baixar as portas. Vemos de uma forma bastante positiva essa preocupação do governo com este setor e temos certeza que será um alívio nas contas de muitos empreendedores”, avaliou. (COM AEN)