OPINIÃO

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PIB mostra interiorização das riquezas do Paraná

Da redação

| Edição de 15 de dezembro de 2017 | Atualizado em 15 de dezembro de 2017

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Estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre evolução do Produto Interno Bruto (IPTU) dos municípios brasileiros chama atenção para o desempenho do interior do Estado na geração de riquezas. O estudo compara dados entre 2010 e 2015 e mostra uma participação recorde dos municípios fora do eixo capital região metropolitana.

Em 2015, o interior foi responsável pela geração de 60,7% do PIB estadual, um avanço considerável em relação aos 55,3% no comparativo com 2010. Os dados mostram também que houve um crescimento da participação dos municípios com menos de 100 mil habitantes na economia do Estado. Em 2010, eles representavam 35,4% do PIB paranaense. Em 2015, essa presença chegou a 38,1%.
Na região, o fenômeno também se repete e os maiores crescimentos percentuais foram registrados em municípios menores. No período, Ariranha do Ivaí foi o município que registrou o maior crescimento percentual de geração de riquezas (143,9%), seguido de Kaloré (119%), Rosário de Ivaí (115%) e Cruzmaltina (109,8%). Em toda região, a média de crescimento foi de 63%.  
O avanço do PIB nos municípios é fruto de uma série de fatores, que inclui o desempenho do agronegócio - que consolida a vocação tradicional do estado - e a aposta do governo em incentivar e fortalecer laços produtivos no interior com oferta de crédito e capacitação através de programas como o Bom Paraná e de uma agenda de incentivos.
Os efeitos do chamado governo municipalista não aparecem apenas no avanço do PIB. Neste ano, vieram do interior os melhores desempenhos em outro indicador fundamental de economia: a criação de vagas formais de emprego. 
De janeiro a outubro, segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho, os três municípios com maiores saldos de geração de empregos foram Maringá, Pato Branco e Cascavel, todos foram do eixo metropolitano de Curitiba.
A expansão e profissionalização do agronegócio e o investimento em estrutura, combinado com incentivo fiscal, incentivam a geração de novos negócios, fortalecendo vocações.
A escolha por um plano de desenvolvimento macro, sem priorizar esta ou aquela região é um avanço em termos de política pública de desenvolvimento. Dentro de um cenário econômico hostil, o estado conseguiu minimizar os efeitos da crise e colhe os resultados. A pesquisa do PIB municipal do IBGE aponta que entre as 100 maiores forças econômicas do País estão oito municípios do Paraná. Além da capital, Curitiba, em 5º lugar nacional, e as cidades da região metropolitana de São José dos Pinhais e Araucária, aparecem no ranking motores do interior: Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Cascavel.