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PM que atirou em jovem é investigado

DA REDAÇÃO

| Edição de 30 de março de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A Polícia Militar (PM) de Arapongas confirmou ontem que foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta do soldado que atirou e matou o jovem Emerson Castilho, 22 anos, em um bar, no dia 26 de fevereiro. De acordo com a PM, o policial permanece trabalhando enquanto uma investigação é conduzida para apurar a conduta. “É praxe da PM abrir uma investigação sempre que o uso de arma letal ocorre por parte de um de nossos agentes, como foi o caso. Nosso comandante já destacou um oficial que está conduzindo o procedimento de investigação e enquanto isso, o soldado permanece trabalhando normalmente”, informou o tenente Jefferson Philipe Schelbauer, da 7ª Cia de Polícia Militar de Arapongas.

Emerson Castilho tinha 22 anos e foi atingido por três tiros. O policial autor dos disparos estava de folga. De acordo com o relatório policial realizado no dia do assassinato, o rapaz que morreu e um outro homem, teriam tentando roubar um bar que fica na Avenida Siriema. A família contesta a versão da PM.
O advogado Alexandre Aquino, que representa a família do rapaz morto, protocolou na última quinta-feira (25) um pedido de abertura de inquérito policial junto a 22ª Subdivisão Policial de Arapongas, para apurar o crime de homicídio por parte do policial militar. “O inquérito instaurado para investigar o crime já foi concluído e apurou que não há indícios de tentativa de roubo. Porém, a investigação não apurou a morte de Emerson. O policial matou um jovem inocente e deve ir a júri popular responder por este crime”, afirmou.
O outro envolvido no episódio não ficou ferido e foi detido. Ele está em prisão domiciliar, mas o advogado pretende impetrar um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) por ausência de justa causa, já que o inquérito concluiu que não houve tentativa de roubo.
No domingo, familiares e amigos do jovem morto realizaram pela segunda vez uma manifestação pacífica pedindo justiça. Eles contestam a versão da polícia e garantem que Emerson não era assaltante, que era um jovem trabalhador e que sonhava em ser socorrista. “Queremos justiça, ele era trabalhador, quem fez isso tem que ser preso, pois tirou o sangue de um inocente”, disse a tia do rapaz, Meire Castilho. (ALINE ANDRADE)