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Poda de árvores tem 670 pedidos na fila

Renan Vallim

| Edição de 20 de setembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Ao todo, 670 pedidos de poda ou corte de árvores esperam resolução em Apucarana. Destes, metade ainda aguarda análise técnica na Secretaria Municipal do Meio Ambiente. O restante já foi liberado para realização pelo setor de Serviços Públicos da Prefeitura. Só em 2018, aproximadamente 500 pedidos foram atendidos pela administração municipal, em estimativa feita pela própria secretaria.
De acordo com o secretário municipal do Meio Ambiente, Sérgio Bobig, a pasta recebe diariamente entre 10 e 15 pedidos de cortes e podas de árvores. “Esta é, sem dúvida nenhuma, a maior demanda da nossa secretaria. Neste ano, já registramos mais de 2 mil pedidos e cada um precisa ser analisado cuidadosamente”, destaca.
Segundo ele, o processo é iniciado com a solicitação do cidadão, que precisa apresentar documentos e preencher uma ficha na própria secretaria. Técnicos da prefeitura visitam o local e identificam a necessidade da realização do trabalho. Em caso de aprovação do serviço, ele é repassado para o setor de Serviços Públicos.
“Em caso de podas, a aprovação é mais fácil. Já a erradicação só é realizada se a árvore apresenta algum risco, seja por apodrecimento do tronco, que pode levar à queda da árvore, ou pelo crescimento de raízes, que podem afetar tubulações subterrâneas, entre outras situações”, ressalta o secretário.
Ainda segundo Bobig, o número de serviços a serem realizados é alto por conta de baixas recentes na equipe de corte e poda. “Hoje, estamos com apenas uma equipe, visto que houve o falecimento de servidores”, lembra ele.
A prefeitura também realiza o serviço de destoca, com a retirada dos tocos das  árvores erradicadas de modo a garantir novo plantio ou alinhamento da calçada. Mais de 3 mil tocos foram retiradas das calçadas desde 2013.

ARAPONGAS
Em Arapongas, a prefeitura recebe de quatro a cinco solicitações, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Luiz Gonzaga Pereira. “A maior parte dos pedidos é para a realização de podas. Elas são quase todas liberadas, visto que favorecem as plantas. Já com relação aos cortes, cerca de 70% é negado. Identificamos que, em boa parte das situações, a poda resolve o problema”, diz.
Diferentemente do que acontece com Apucarana, a prefeitura araponguense não arca com o trabalho. “Nós recebemos a solicitação e fazemos uma avaliação técnica. Se o pedido é aprovado, o próprio cidadão arca com o trabalho de corte ou poda, a não ser nos casos em que a família está em situação de vulnerabilidade econômica”, diz. A secretaria não tem dados sobre o número de solicitações aprovadas, dizendo apenas que a avaliação técnica é feita em até 48 horas e que não há fila de solicitações aguardando avaliação no município.

Plano está
80% concluído
Iniciada em abril deste ano, a elaboração do Plano de Arborização Urbana de Arapongas está cerca de 80% concluída. Desenvolvido pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), o estudo visa traçar um panorama das árvores plantadas nas ruas e avenidas do município, bem como embasar um plano de ação para aumento da arborização.
De acordo com Luiz Gonzaga Pereira, secretário municipal do Meio Ambiente, o trabalho levantou o histórico da arborização da cidade e, agora, está realizando a medição das árvores. “O trabalho está na reta final e já foi feito em 23 mil plantas em toda a cidade, o que confirma a nossa estimativa de haver um total de 25 mil árvores em Arapongas”, diz.
Segundo ele, o levantamento deve ser finalizado em dois meses. “Depois da fase de medições, vamos realizar audiências públicas para discutir a arborização da cidade e ouvir propostas dos cidadãos. O que já sabemos é que o ideal era termos, pelo menos, o dobro do número de árvores”, ressalta.