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Polícia de Arapongas confirma estupro de bebê

Silvia Vilarinho

| Edição de 25 de junho de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A Polícia Civil de Arapongas confirmou que a bebê Sophia Emanuelly da Silva, de um ano e dois meses, morta na semana passada foi vítima de estupro. A delegada Thais Orlandini Perreira confirmou o abuso durante entrevista coletiva para a imprensa na manhã de ontem. A criança chegou morta à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município na última terça-feira (18). O pai, a mãe e a avó materna do bebê estão presos.

“Ainda estamos investigando, o que nós temos é que essa criança foi brutalmente estuprada, com indicativos que o pai cometeu tal barbaridade. E tudo indica que a mãe e a avó da criança sabiam do crime. A situação que estava o corpo da criança era tão extrema que não acreditamos ser possível que a mãe e a vó não terem conhecimento do que acontecia”, detalha.
Segundo a delegada, em depoimento, o pai a mãe e a vó dão a mesma versão sobre os fatos, de que a criança engasgou com o leite, mas todos entram em contradição. Segundo ela, durante o interrogatório, eles não demostraram nenhum tipo de emoção. “É uma versão descabida. A criança deu entrada às 21 horas na UPA morta, mas a perícia indicou que a bebê havia morrido há pelo menos duas horas. Durante o depoimento eles foram extremamente frios, ninguém chorava”, ressalta a delegada, que é titular de Centenário do Sul e estava de plantão no dia do crime.
Roger da Silva Ribeiro, pai da menina, a mãe Eduarda da Silva Bernardo e a avó Maria Aparecida da Silva estão presos e foram transferidos da cadeia de Arapongas por questões de segurança. A polícia não revelou para onde eles foram levados.  “O pai da criança vai responder por estupro de vulnerável e homicídio qualificado. Acreditamos que ele violentava a filha de forma continuada, é o que estamos tentando provar agora. A mãe e a avó também vão responder pelos mesmos crimes, elas foram omissas, tinham a obrigação de cuidar da criança”, explica a delegada que pretende concluir o inquérito em 30 dias.
Ainda de acordo com a delegada, a polícia investiga a morte de uma outra filha do casal que faleceu há dois anos em Apucarana. “Reabrimos o caso para averiguar. Já fomos atrás da certidão de óbito para descobrir o que de fato aconteceu. O casal ainda tem uma outra filha de 4 anos e existe a suspeita também que essa criança tenha sido vítima de estupro. Ela está em um abrigo com a irmã, uma recém-nascida de 22 dias”, finaliza.
No mesmo dia o pai da criança foi preso pois contra ele existia um mandado de prisão em aberto pelo crime de tráfico de drogas. Durante a noite dos fatos, a mãe e a avó também foram detidas pois havia a suspeita da participação delas.
A notícia da morte da bebê gerou grande revolta e comoção na cidade, um dia após o crime a casa onde a família morava foi consumida por um incêndio possivelmente criminoso.