OPINIÃO

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​População precisa fazer a sua parte na segurança

Da Redação

| Edição de 10 de abril de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Moradores de dois bairros de Apucarana estão dando exemplo de como a população pode fazer a diferença no combate à criminalidade. Vizinhos do Residencial Cazarin e do Bairro 28 de Janeiro estão colocando em prática em algumas ações para dificultar a ação de criminosos. Para reduzir o número de roubos, eles instalaram alarmes, câmeras e iniciaram uma política de cooperação que já está trazendo os primeiros resultados. 

O trabalho mais recente foi realizado no “28 de Janeiro”. Os moradores instalaram em vários ruas do bairro “sirenes do pânico”, que podem ser acionadas por controle remoto dentro de casa. A reportagem da Tribuna foi até o local e o barulho da sirene impressiona. Além do som do alarme, frases de ordem são repetidas pelo sistema de alto-falante, como “uma casa está sendo roubada” ou “bandidos estão agindo na rua”. Além disso, os moradores trocam informações por grupos de WhatsApp. 
Os moradores do Bairro 28 buscaram inspiração de um projeto do Residencial Cazarin, onde os moradores se uniram em uma associação. O “Cazarin” é um bairro relativamente novo em Apucarana, com casas de médio e alto padrão. O local foi palco de vários assaltos violentos nos últimos anos. Em um dos crimes, registrado em 2013, um engenheiro foi morto pelos bandidos, causado grande comoção na cidade. 
Desde então, os moradores decidiram tomar medidas próprias para conter a ação de criminosos. A associação do bairro investiu nas sirenes– doze equipamentos foram instalados -, e também agora está adquirindo 19 câmeras. O grande diferencial, no entanto, é a participação dos moradores. São 42 famílias do bairro que participam do projeto. Além da questão de segurança, o foco é unir os moradores. Nesse sentido, ações de saúde e lazer também são organizadas. O resultado é considerado positivo, com a queda no número de crimes. 
Esses dois bairros servem de exemplo. A segurança é um dever de toda a sociedade. Isso, inclusive, está na própria legislação. As autoridades, infelizmente, não têm condições de garantir a segurança como a população gostaria. O caos social e econômico também influencia. O Brasil é um país pobre e a criminalidade é, sim, uma decorrência disso. 
Nesse contexto, a população precisa fazer a sua parte. Investir na cooperação para garantir mais segurança e qualidade de vida pode ser um caminho.