O Governo do Paraná confirmou ontem que está elaborando novas medidas para conter o avanço do coronavírus no estado. Em nota oficial, o governo negou que haverá lockdown geral no estado, mas confirma que novas medidas devem ser anunciadas hoje. Ministério Público pediu que o bloqueio total seja feito nas regiões com situação mais crítica da doença.
A nota oficial foi divulgada pelo próprio secretário de Saúde do Estado do Paraná, Beto Preto. De acordo com o texto, “o Governo do Paraná informa que está elaborando uma série de medidas para conter o avanço da Covid-19. As medidas estão sendo discutidas em diversas instâncias do Executivo e serão apresentadas aos demais poderes do Estado”.
A nota afirma ainda que não deverá impor um lockdown em todo o Paraná. No entanto, não descartou que algumas regiões do estado possam enfrentar restrições mais severas. “Estamos estudando medidas restritivas sim. Porém, ainda não definimos a dimensão dessas medidas. Elas serão amplamente divulgadas após a reunião com os demais Poderes do Estado”, afirmou no início da noite de ontem o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto.
O termo ‘Lockdown’ é utilizado quando é adotada, de maneira obrigatória, a versão mais rígida do distanciamento social. Na prática, há um bloqueio total, restringindo a circulação da população em lugares públicos. Fica permitido apenas, e de forma limitada, ida a farmácias, supermercados ou hospitais. O descumprimento dessa regra pode acarretar multas e em toque de recolher, dependendo do governo local.
LOCKDOWN REGIONAL
Os promotores de Justiça responsáveis pela área de Proteção à Saúde Pública nas quatro macrorregiões do Paraná ajuizaram ontem uma ação civil pública pedindo a invalidação dos decretos do Estado do Paraná que autorizaram o funcionamento de atividades comerciais não essenciais durante a pandemia. O MP requer ainda que, em função do agravamento do quadro de contaminação e do número de mortes decorrentes da Covid-19, o Estado adote novas medidas restritivas, entre elas o lockdown nas regiões que apresentam quadros mais preocupantes.
No início da noite, o juiz Eduardo Lourenço Bana, da Vara da Fazenda Pública de Curitiba, deu 72 horas para o Governo do Paraná se manifestar sobre o pedido.