OPINIÃO

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Precisamos olhar para quem está ao nosso lado

Tribuna do Norte

| Edição de 11 de setembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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É espantoso o índice de suicídios nos municípios que compõem a área da 16ª Regional de Saúde (RS), que tem como base a cidade de Apucarana. Este não é apenas um problema local. Os números têm sido alarmantes em todo o país e também em outras nações. A sociedade moderna e globalizada tem se tornado um ambiente que acaba levando o psicológico das pessoas ao limite. É preciso fortalecer a empatia.

A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio. Esta é a estimativa que a Organização Mundial de Saúde (OMS) faz para uma triste realidade. Na região, foram registrados 73 casos desde 2018 nos 17 municípios da 16ª RS, como traz a reportagem publicada na edição de hoje da Tribuna.

Mas o que é preciso deixar bem claro é que, por maior que seja o problema, o suicídio nunca é a saída. O apoio psicológico é fundamental nestes casos. Além da terapia existem outros canais de apoio como o Centro de Valorização da Vida (CVV). O CVV realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias pelo número 188.

As pessoas mais próximas do indivíduo, como familiares e amigos, também têm um papel fundamental, sobretudo na identificação de sinais de risco, como tristeza profunda, isolamento social, baixa autoestima, alterações repentinas de humor, consumo abusivo de bebidas alcoólicas ou substâncias psicotrópicas.

Por isso, é preciso ficar atento ao comportamento dos que estão à nossa volta. Em uma sociedade que preza cada vez mais pela individualidade, a empatia se mostra em declínio. Além disto, vivemos em um mundo cada vez mais ‘veloz’ e que cobra sempre a melhor performance e a mais alta produtividade, custe o que custar. Não à toa, a depressão é uma das doenças que mais cresce no mundo. É preciso reverter este quadro.