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Preço das hortaliças dispara em Apucarana

DA REDAÇÃO

| Edição de 16 de setembro de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Depois da carne, gasolina, energia elétrica e do gás de cozinha, são os preços das hortaliças que pesam no bolso do consumidor. Em apenas um mês, a maior parte dos produtos fico mais caro, principalmente a batata, pepino, pimentão, tomate, abobrinha e o chuchu (veja no box). Economistas e comerciantes afirmam que a alta é reflexo dos prejuízos causados pelas geadas e pela seca nas lavouras.

Levantamento dos preços médios mensais de varejo da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), aponta que o custo da batata variou de R$ 1,98 para R$ 3,41 o quilo, um aumento de 72% entre julho e agosto. Já o pepino, que custava R$ 4,75 é vendido por R$ 7,30, em média, alta de 53,6% e o pimentão saiu de R$ 7,11 para R$ 10,66, aumento de 50%. 
Economista do Departamento de Economia Rural (Deral), Paulo Franzini, aponta uma combinação de fatores externos que ocasionaram estes aumentos. Segundo ele, a falta de chuvas e as geadas são os principais culpados. 
“A maioria dos produtos tiveram elevação de preço a partir das geadas, que foram bem expressivas, e da longa estiagem”, comenta. 
Além dos problemas climáticos que afetaram seriamente o rendimento da produção agrícola, alguns produtos têm oferta reduzida por conta da entressafra. Para atender a demanda, os centros de abastecimento passaram a comprar hortaliças produzidas em outros estados, o que também ajudou a encarecer ainda mais os custos. 
“O tomate, por exemplo, está na entressafra. Os agricultores estão plantando e é um período que depende de produtos de fora, o que eleva os preços, devido a menor oferta”, esclarece.  
Pouca chuva
As chuvas registradas anteontem e na semana passada foram volumosas, mas ainda insuficientes diante do déficit hídrico, calculado em torno de 80 milímetros de água. 
“Tem chovido de maneira muito irregular, em média 40 milímetros. Não são chuvas abrangentes, mas já trazem certo alívio, dando condições para os produtores continuarem o plantio da safra de verão, do cultivo de milho e feijão, por exemplo. E a partir de outubro, a soja”, destaca. 
Para driblar a seca e garantir melhores resultados, maior parte dos produtores investem em sistemas de irrigação. Mas com a seca castigando o solo há tanto tempo, até os reservatórios naturais ficaram comprometidos, afirma o economista.