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Preço do etanol sobe 6% em Apucarana

DA REDAÇÃO

| Edição de 23 de julho de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Apesar do reajuste da no valor da gasolina, anunciado no início deste mês pela Petrobras, é o preço do etanol que impactou mais o bolso do consumidor, em Apucarana. Pesquisa junto ao aplicativo Menor Preço Paraná aponta alta de 5,7% no valor do combustível que passou de R$ 4,56 em junho, para R$ 4,82 em julho, em média, uma variação de R$ 0,26. Até ontem, o litro combustível custava entre R$ 4,69 a R$ 4,96 em sete postos de combustíveis da cidade.

Já o reajuste de 6,3% do preço da gasolina nas refinarias da estatal refletiu em um aumento de quase 3% para o consumidor final, que está pagando, em média, R$ 5,89 no litro. O produto é vendido entre R$ 5,68 a R$ 6,04 o litro. No mês passado combustível era comercializado a R$ 5,73, em média.  
Os diversos aumentos de preço têm revoltado os consumidores que também sentiram os efeitos das altas em outros itens essenciais como a cesta básica, gás de cozinha e da conta de luz, devido ao reajuste da bandeira tarifária. E a situação está ainda mais difícil para os profissionais que utilizam seus veículos para trabalhar, como o mototaxista de Apucarana, Cirineu Leitte, 38 anos. Ele, que durante a pandemia também passou a fazer delivery para complementar a renda devido aos vários reajustes, viu seus lucros reduzirem 20% com a alta no valor da gasolina. 
“Meu faturamento caiu e o preço do serviço continua o mesmo para não perder os clientes, então lucro menos. E também tenho que pensar nos meus companheiros e manter um valor tabelado, para todo mundo poder trabalhar e garantir seu sustento”, afirma. 
Moto taxista Gilson Machado, 41 anos, também está com dificuldades para trabalhar com o combustível mais caro e afirma que está saindo no prejuízo. “Eu fico quase no vermelho. Se faço uma corrida de R$ 10 reais, gasto R$ 6, fico quase no vermelho. Trabalho há seis anos nesse ramo e nunca abastecer foi tão caro”, reclama. 
Até quem tem carro econômico está sentindo os efeitos negativos. O pedreiro Dorival Martins, 47 anos, tem um Ford Pampa, e antigamente costumava encher o tanque. Agora ele abastece aos poucos, conforme a necessidade. “A gasolina subiu de um jeito que não dá mais. O etanol também está caro. Antigamente colocava R$ 70 e dava mais de 20 litros e agora dá 14 litros”, compara.
O empresário Bruno Amorim, 32 anos, está na mesma situação. Proprietário de uma transportadora e de uma empresa de confecções, Amorim depende dos veículos no ramo em que trabalha e acaba pagando o preço do combustível. “Está muito ruim, tive até que vender um caminhão porque gasta muito, junto com o preço do frete não compensa”, comenta.