A Prefeitura de Apucarana iniciou nesta semana a roçagem nos terrenos particulares da cidade. Os proprietários de lotes com mato alto tiveram os últimos 15 dias para regularizarem a situação. A partir de agora, as equipes da administração municipal farão o trabalho, com cobrança de R$ 1,40 o metro quadrado roçado no próximo carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
O diretor de Serviços Públicos de Apucarana, Paulo Reis, afirma que as equipes de roçagem da prefeitura iniciaram o serviço pelo Residencial Interlagos. “É importante destacar que foi dado um prazo de 15 dias para que os terrenos sejam limpos por conta própria, publicado em Diário Oficial. Nosso trabalho é respaldado pelo Código de Posturas do município e tiramos fotos do terreno antes e depois da roçagem, para provar a necessidade do serviço e a realização do mesmo”, afirma.
Atualmente, há quatro equipes realizando a roçagem em diversos pontos da cidade, tanto de espaços particulares quanto públicos, somando 12 trabalhadores ao todo. Eles são responsáveis por roçar até 18 mil m² por dia. Ontem, além dos terrenos particulares do bairro, havia equipes realizando o serviço em frente à Secretaria Municipal da Mulher e na Associação do Idoso de Apucarana.
Segundo Reis, as chuvas e o calor, típicos desta época do ano, favorecem o crescimento das plantas, o que agrava o problema e torna a demanda pelo serviço crescente. “Muita gente cuida direitinho dos terrenos, mas algumas pessoas ainda insistem em manter o local com mato alto. Chegamos a fazer uma campanha de conscientização, mas vimos que houve pouca adesão, o que acaba se tornando um sério problema para os moradores vizinhos”, destaca.
É o caso da costureira Cláudia Maria Monteiro, cuja casa, no Residencial Interlagos, fica ao lado de um grande matagal. “Muitos animais peçonhentos entram na casa dos moradores, preocupando todo mundo, todos vindo dos matagais. São muitas aranhas, escorpiões de vários tamanhos, muitos carrapatos, insetos e até cobras”.
Segundo ela, o problema tem feito com que os próprios moradores vizinhos, que não são donos dos terrenos, realizem a roçagem. “Para tentar diminuir a quantidade de insetos e animais peçonhentos, alguns moradores se juntaram para fazer o corte do mato. Mas, mesmo assim, não tem como: ele cresce muito rápido. Eu tenho quatro filhos e outros vizinhos também têm crianças pequenas. Então ficamos muito preocupados com o mato e aliviados quando a prefeitura faz o corte”.