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PROTOCOLO ANTI-COVID

RENAN VALLIM APUCARANA

| Edição de 04 de junho de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Três hospitais da Regional de Saúde de Londrina, que é vizinha à de Apucarana, precisaram interromper os atendimentos no último mês. Todos eles tiveram problemas em controlar o coronavírus, chegando ao extremo de um deles declarar surto da doença. Esta situação preocupa a direção do único hospital de Apucarana, o Hospital da Providência. Se uma situação parecida exigir que o ‘Providência’ feche as portas temporariamente, toda a cidade e boa parte da região ficariam desassistidas no meio de uma pandemia.

Por isso, o Hospital da Providência de Apucarana precisou adaptar suas estruturas e também treinar profissionais para receber os pacientes com coronavírus. De acordo com Daniele Quiezi dos Reis, gerente de qualidade do Hospital da Providência, há uma grande preocupação da direção do hospital, para evitar problemas como os que ocorreram em unidades de saúde de Londrina. 
“A pandemia trouxe a necessidade de adaptação da estrutura do Hospital da Providência, em Apucarana. Para as instituições de saúde, tem sido um desafio grande, porque se trata de um vírus novo e com ainda poucos estudos. Mas nós começamos a nos preparar antes mesmo do primeiro caso ser confirmado no Paraná”, afirmou Daniele. 
Uma das primeiras medidas adotadas foi o cancelamento de cirurgias eletivas e visitas, para evitar aglomeração. “Nós também criamos um grupo de enfrentamento ao coronavírus, que elaborou um plano de contingência e protocolos de atendimento. Nestes protocolos, pacientes passam por uma pré-triagem e, se apresentarem sintomas compatíveis com o coronavírus, são enviados imediatamente para uma ala exclusiva e isolada”, destacou ela. 
Em caso de necessidade de internamento, Daniele afirma que há locais específicos para pacientes suspeitos ou com confirmação de Covid-19. “São ao todo 20 leitos clínicos e 10 leitos de UTI, cada um com seu respirador, exclusivos para estes pacientes. Nestas alas, existem equipes médicas de plantão 24 horas por dia. No Hospital Materno Infantil, é igual. São 14 leitos pediátricos e 4 leitos de UTI. Para atender toda esta demanda, temos um novo médico infectologista”. 
Há também a preocupação com os profissionais, como médicos, enfermeiros, auxiliares, recepcionistas e todos que atuam direta ou indiretamente com infectados ou possíveis infectados com o coronavírus. “Temos feito um trabalho diferenciado junto aos profissionais, que receberam treinamento para tudo, até mesmo para saberem como colocar e retirar os equipamentos. A saúde mental dos trabalhadores também é motivo de atenção. Por isso, o trabalho das psicólogas foi intensificado. Junto a isso, o trabalho dos nutricionistas também é importante, pois eles têm orientado os profissionais quanto ao aumento da imunidade através da boa alimentação”, ressaltou.