CIDADES

min de leitura - #

Redução de taxas aumenta procura por imóveis

Aline Andrade

| Edição de 11 de outubro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O anúncio de cortes de até um ponto percentual nas taxas de juros praticados pela Caixa Econômica Federal para financiamentos imobiliários aumentou em até 20% a procura pela modalidade na última semana em Apucarana. As quedas das taxas da Caixa - principal agente financeiro da habitação - vêm após o anúncio de ações semelhantes feitas por bancos concorrentes. As novas taxas passam a valer a partir de segunda-feira (14). 

Imagem ilustrativa da imagem Redução de taxas aumenta procura por imóveis

Anderson Parra Camacho, representante de uma financeira em Apucarana, conta que a procura por simulações já aumentou mesmo antes do anúncio oficial. De acordo com ele, as reduções das taxas no final do ano são favoráveis para os negócios, porque muitos trabalhadores utilizam o 13º salário para o pagamento das documentações de imóveis. 
“A procura maior ainda é para imóveis da modalidade Minha Casa Minha Vida (MCMV), com teto máximo de R$ 170 mil. Pudemos perceber um aumento de 20% desde a última semana na procura por imóveis financiados na cidade, inclusive já tenho alguns financiamentos aprovados”, afirma. 
Camacho acredita que o mercado imobiliário, que esteve bastante estagnado ao longo deste ano, deve finalmente reagir positivamente. “Sofremos primeiro com a falta de recursos do programa MCMV, seguido pela retração da economia com a mudança do governo. Agora com as reduções de taxas, a segunda da Caixa neste ano, o mercado imobiliário será bastante favorecido, esta é a nossa expectativa”, disse. 
O imobiliarista apucaranense João Ceriani também demonstra otimismo. Para ele, o mercado imobiliário está em ritmo de retomada nos últimos 60 dias e a tendência é de que este mercado continue aquecido. “Os juros menores para adquirir imóveis vêm complementar esse quadro de retomada da economia. É um ingresso na perspectiva de negócio muito importante, porque percebemos que há um caminho de continuação de queda da taxa Selic, então os bancos devem continuar nessa disputa por clientes com taxas atrativas, o que torna cada vez maior a possibilidade de mais pessoas adquirir um imóvel residencial”, observou. 
Ceriani observa que, como o mercado de vendas ficou estagnado por muitos meses, o setor de locações ficou em alta, diminuindo oferta e consequentemente, aumentando os preços de aluguéis. Com a taxa de juros mais baixa para a compra, o valor da prestação já não se distancia tanto do valor do aluguel. “Dessa maneira, a possibilidade de compra do imóvel torna-se ainda mais atrativa, o que faz com que a possibilidade de negociação seja efetivamente levada em conta pelos futuros compradores”, afirma. 
Quem decidiu aproveitar as taxas menores e embarcar na compra do primeiro imóvel é o professor apucaranense Augusto Montor de Freitas Luiz. Ele conta que está planejando a compra da casa desde janeiro, pesquisou diversos bancos na modalidade TR e com o novo modelo e as novas taxas da Caixa Econômica, ficou mais interessante para fazer negócio. “Este novo modelo é interessante pois pretendo quitar o valor emprestado em poucos anos. Apesar de contratar um financiamento em 360 meses, minha ideia é quita-lo em cerca de 120 meses. A expectativa é pagar menores prestações e este dinheiro eu posso juntar para amortizar a dívida em um tempo inferior ao contratado”, disse o professor, que já teve seu financiamento aprovado.