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Região exporta para mais de 45 países

Renan Vallim

| Edição de 20 de maio de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A região de Apucarana exportou, entre janeiro e abril deste ano, em torno de de US$ 40,6 milhões para mais de 45 países. Os Estados Unidos são o principal destino para os produtos locais, seguidos pela China e pelo Chile. De acordo com especialista, o volume exportado pelas indústrias da região poderia ser ainda maior.

De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, oito municípios da região realizaram comércio com outros países entre janeiro e abril deste ano. São eles Apucarana, Arapongas, Califórnia, Cambira, Faxinal, Jandaia do Sul, Jardim Alegre e São Pedro do Ivaí. Estas cidades exportaram, juntas, cerca de US$ 40.639.973.
Apesar do avanço da China nos últimos anos, os Estados Unidos continuam sendo o principal mercado para os produtos locais. O país norte-americano movimentou US$ 5,1 milhões em produtos da região no período. Este total equivale a 12,6% de tudo o que foi exportado.
O mercado chinês está na segunda posição, movimentando US$ 4,4 milhões, ou 10,8% do total. Em seguida está o Chile, que recebeu um total de US$ 3,6 milhões em produtos da região (8,9% do total). Angola aparece na quarta posição, com US$ 3,4 milhões (8,4%), à frente do Peru, que movimentou US$ 3,2 milhões (7,9%) no período.
Arapongas foi o município da região que mais exportou neste primeiro quadrimestre de 2018: quase US$ 17,8 milhões. O Peru foi o principal mercado externo para as indústrias araponguenses, com US$ 2,4 milhões, seguido pelo Chile, com US$ 2,3 milhões, e pela Argentina, com US$ 1,5 milhão.
Apucarana comercializou US$ 13,1 milhões, principalmente para os mercados angolano (US$ 3,4 milhões), chinês (US$ 3,2 milhões) e italiano (US$ 1,8 milhão). Já São Pedro do Ivaí vendeu quase US$ 9,6 milhões para o exterior. Estados Unidos (US$ 5 milhões), Chile (US$ 1,2 milhão) e Peru (US$ 800 mil) foram os países que mais compraram produtos do município.

Volume exportado poderia ser maior 
Mestre em Administração, Moacir Vicentin Rodrigues é professor de Comércio Internacional no campus de Apucarana da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Segundo ele, o volume exportado pela região poderia ser maior. “Penso ser ainda um volume pequeno, face ao volume total exportado no ano passado pelo estado. Mas, logicamente, não podemos desprezar estes números, pois a região historicamente vem do agronegócio, onde tradicionalmente a participação em exportações seria menor”.
Segundo ele, a região poderia estar participando mais ativamente do mercado externo. “Isto passa por uma mudança de pensamento estratégico das empresas em querer participar deste mercado, que sem dúvida é bastante competitivo e demanda investimentos. Alguns produtos são tradicionais na pauta de exportação da região, como couro, moveis e têxteis, que concentram o maior volume exportado. A diversificação seria importante, além de mais apoio de organismos do estado”, afirma.
O professor aponta ainda que o momento é bom para as exportações brasileiras. “O dólar hoje ajuda a termos preços mais competitivos no exterior. Contudo, a ampliação das exportações não pode ser uma decisão de curto prazo, somente com base em taxa de dólar atraente. Ela deve fazer parte de um plano de longo prazo, integrando o portfólio de vendas como estratégia de negócios”.