A pesar da crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus, dados do Ministério da Economia apontam que a região continua forte na exportação em alguns setores. Os números demonstram que no primeiro semestre deste ano, a região exportou US$ 70 milhões contra US$ 71,9 milhões no mesmo período do ano passado, uma pequena queda de 3%. Dos 10 municípios da região que exportaram, 6 apresentaram queda no valor exportado. Outros 4 municípios conseguiram aumentar o valor das exportações neste ano.
Arapongas lidera o índice de exportações na região, com um aumento de 9,5% neste ano. O município exportou até junho, US$ 29,7 milhões. No ano passado, no mesmo período, o valor exportado chegou a US$ 27,2 milhões. O produto mais exportado pela indústria araponguense continua sendo móveis, que representa US$ 12,3 milhões do valor exportado, uma fatia de 41% do total. Em seguida vem a carne bovina, com 17% de participação e partes congeladas de animais, com 11%.
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria Moveleira de Arapongas (Sima) Irineu Munhoz, o resultado demonstra um aquecimento acima do esperado para o período. “Percebemos que uma das causas deste aumento é que as empresas de Arapongas estão investindo cada vez mais no ramo da exportação nos últimos anos. Outro destaque é o valor forte do dólar neste ano, que contribuiu consideravelmente para este resultado. Creio que esse aumento pode ajudar a equilibrar as contas e amenizar as perdas sofridas”, avaliou.
São Pedro do Ivaí também se destacou no mercado externo. O município exportou no primeiro semestre US$ 18,3 milhões, um aumento de 8,36% em relação ao ano passado. O principal produto do município enviado ao exterior é levedura, representando 67% do valor total exportado. Jandaia do Sul e Faxinal completam os municípios da região que aumentaram o valor das exportações.
Apucarana registrou uma pequena queda de 1% nas exportações em relação ao primeiro semestre do ano passado. O município exportou até agora US$ 12,3 milhões. No ano passado, no mesmo período, foram US$12,4 milhões. O produto mais exportado no município é a farinha de cereais, com US$ 3,52 milhões da fatia das exportações, representando 29% do total, seguido pelo couro, que representa 18% e tecidos de algodão, que representam 16% das exportações totais do município. De acordo com o diretor de negócios do Grupo Caramuru Luiz Jairo Dallaqua, o aumento da exportação dos farináceos aconteceu por conta de uma crise de abastecimento na Angola. “Esse país é o principal comprador mundial do produto e vivia uma crise de abastecimento que foi agravada com o surto da pandemia de coronavírus, por isso, vieram ao mercado comprar e formar estoque”, explicou Dallaqua.