Dados do Ministério do Comércio Exterior apontam que as exportações estão tendo retomada na região. Em Arapongas, os resultados deste ano já são melhores do que os do ano passado em cerca de 10%. Em Apucarana, depois de vários meses com resultados ruins, agosto registrou volume maior do que o mesmo período do ano passado, em cerca de 8%. Para especialista, este aumento é bastante positivo para a economia local.
Na balança comercial de Arapongas o destaque é o setor de móveis. Dos mais de US$ 36 milhões negociados de janeiro a agosto deste ano, o setor tem uma fatia de 58% do total, cerca de US$ 24 mi. O resultado deste ano é superior ao do ano passado em cerca de 10%, quando foram negociados US$ 33 milhões.
“Este avanço é resultado do esforço das empresas justamente devido ao mercado interno ainda estar em baixa. A recuperação está acontecendo, mas ainda é lenta, por isso, as industrias tem buscado se capacitar cada vez mais para a exportação”, afirma o presidente do Sindicato das Indústria Moveleira de Arapongas (Sima) e empresário, Irineu Munhoz.
Munhoz afirma que o valor do câmbio tem sido um grande incentivo para os empresários do setor investirem na exportação. “Temos em Arapongas muitas empresas que já trabalham com exportações há anos, mas observamos nos últimos anos que outras empresas têm se capacitado e iniciaram exportação de seus produtos recentemente. A economia está cada dia mais aberta e é muito importante manter as portas abertas, buscando capacitação, investimentos e respeitando as especificidades de cada cliente no exterior”, pontua o presidente do Sima, que revela ainda uma expectativa positiva para as negociações do último trimestre do ano.
“Nossa expectativa é fechar este ano seguindo esse resultado crescente em relação ao ano passado. Mesmo com o mercado interno mais aquecido no final do ano, devemos manter as exportações em alta e fechar o ano com saldo maior do que o ano passado”, finaliza.
APUCARANA
Em Apucarana, dos mais de US$ 16 mi em negociações no mercado externo de janeiro a agosto deste ano, cerca de 37% corresponde a comercialização de peles e couro: US$ 5,92 mi. Apesar de vários meses com volume de vendas menor no comparativo com ano passado, agosto registrou volume maior, em cerca de 8%. No total, foram comercializados US$ 24,3 mil em exportações em agosto 2018. Já neste ano, no mesmo mês, foram US$ 25,7 mil.
Para o economista Marcelo Vargas, os resultados da exportação das empresas refletem positivamente na economia local. “Quando as empresas encontram na exportação um caminho para driblar a crise do mercado interno, elas mantêm os empregos gerados e podem ainda abrir novas vagas. Os trabalhadores assalariados continuam consumindo e girando a economia local. Além disso, existe demanda de investimentos das empresas, é um ciclo benéfico para a economia”, garante.