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Região vai deixar de colher 35 mil t de milho

Ivan Maldonado

| Edição de 13 de fevereiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Prestes a iniciar a colheita, produtores de milho da região começam a contabilizar prejuízos. Segundo dados da regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) de Ivaiporã, a região deve colher cerca de 35 mil toneladas a menos que safra anterior, um terço a menos. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), além da falta de chuva, a safra também encolheu por conta da restrição da área cultivada nesta temporada, que foi 2 mil hectares menor. 

Imagem ilustrativa da imagem Região vai deixar de colher 35 mil t de milho


Conforme o Deral, na safra de verão 2017/18 em área de plantada de 12 mil hectares, os produtores da regional colheram 105 mil toneladas, com média de 7.790 quilos por ha (314 sacas/alqueire). Nesta temporada, em área plantada de 10 mil hectares, a regional deve fechar com 70 mil toneladas do grão, uma média de 7 mil quilos por hectare (282 sacas por alqueire). 
O montante da próxima colheita de verão é 33 % menor que o volume total da colheita da safra de verão anterior. Em relação à quebra de produtividade por conta da seca, a estimativa de perda é de 12,5%. A previsão inicial do Deral para a safra de verão com ambiente climático favorável era de 8 mil quilos por hectare, 322 sacas por alqueire. 
De acordo, com o engenheiro agrônomo do Deral, Sérgio Carlos Empinotti, na época do plantio nos meses de outubro e novembro, o mercado do milho tinha cotação de R$ 28,30 a saca de 60 quilos, enquanto a soja era cotada em R$ 72,00. “Isso desestimulou o produtor, que preferiu plantar soja, por isso, a redução da área da safra normal do milho. Além disso, tivermos a seca na fase de frutificação do milho, o que acabou comprometendo a produtividade”. 
Ainda conforme Empinotti, com quase 100% do grão do milho em fase de maturação, o forte da colheita está programado para o final de fevereiro. “Praticamente todas as lavouras já se encontram maduras, porém vai demorar mais uns 15 a 20 dias para os produtores iniciarem as colheitas, já que existe a necessidade de uma melhor secagem”, comenta.

QUEBRAS SEGUIDAS
Esta é a segunda safra seguida com queda de produção do milho na regional de Ivaiporã por conta da falta de chuva. A temporada do milho safrinha 2017/18, também foi marcada por longa estiagem, nos meses de abril e maio. Como consequência uma quebra na produtividade de 31%, sendo deixado de colher 71 mil toneladas do grão. 
De acordo com Empinotti, em área cultivada de 48 mil hectares, os produtores do milho safrinha esperavam uma produção de 240 mil toneladas do grão, porém a colheita fechou a temporada em outubro com 166 mil toneladas. “Foi pior que a estiagem do final do ano, e pegou a maioria das lavouras justamente na floração e frutificação, período em que o milho mais precisava de umidade”, disse Empinotti.