OPINIÃO

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Reorganização da máquina estatal é medida acertada

Da redação

| Edição de 03 de janeiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Em seu primeiro dia de mandato após a posse, o governador Carlos Massa Ratinho Junior deu início ao projeto de reforma administrativa já anunciado durante o período de transição. A meta é uma redução da máquina governamental com vistas principalmente nos custos da administração estatal.
Para enxugar custos, reduziu-se secretarias. Das 28 pastas existentes nos governos anteriores, ficaram 15. Com menos secretarias há redução de cargos – notadamente os comissionados, o que é fundamental para se alcançar um corte de 20% dos gastos das secretarias, também determinado pelo novo governador.
Outras medidas que integram o pacote de austeridade implicam na revisão de contratos e licitações firmados nos últimos 60 dias, além da realização de um diagnóstico de cada pasta e exoneração dos servidores comissionados.
Outro anúncio do primeiro dia de mandato é que uma segunda etapa da reforma administrativa está sendo elaborada e vai chegar a empresas públicas e autarquias, que também passarão por um processo de restruturação, com vistas a redução de gastos.
A reforma que vai nortear parte de um novo modelo de governo alinhavado pela Fundação Dom Cabral – uma escola de executivos que presta assessoria especializada - , que propôs um novo organograma para o funcionamento do estado. Uma das novidades nas nomeações para o secretariado é a indicação de um CEO da área de tecnologia, Renato Feder, para a pasta de Educação.
Em diversas entrevistas, Ratinho Junior vem destacando que sua proposta de governo é de modernização e eficiência da máquina pública e do fim de antigas e tradicionais benesses que envolvem o exercício de cargo público, incluindo os relacionados ao seu cargo, caso de aeronave à disposição e da chácara do governador – imóvel de lazer privativo reservado ao governador em exercício que vai virar um colégio agrícola. 
A reorganização da máquina estatal sob uma ótica de eficiência é uma exigência em tempos de crise, não apenas econômica, mas de representatividade das instituições da república. Menos mordomia e mais eficiência no serviço público é tudo o que a população espera.